Publicidade
Início Newsletter (TI Inside) Operadoras apelam na Justiça dos EUA para reverter regras de neutralidade

Operadoras apelam na Justiça dos EUA para reverter regras de neutralidade

0
Publicidade

Mais de um ano após a Federal Communications Commission (FCC, a agência reguladora nos Estados Unidos) ter implantado regras de neutralidade de rede e a reclassificação da banda larga como utility no Title II da legislação, as operadoras móveis e provedores de Internet (ISPs) entraram na Justiça norte-americana para reverter a decisão. As associações de operadoras móveis (CTIA) e de provedores de cabo e telecomunicações (NCTA) entraram nesta sexta-feira, 29, com petições no pleno do tribunal (“en banc”) norte-americano de apelação no distrito da Colúmbia exigindo a reconsideração.

Por um lado, as operadoras móveis reclamam que as regras de neutralidade de rede desconsideram as particularidades do serviço em relação à banda larga fixa. Alegam que a Seção 332 da constituição norte-americana dá “proteção extra” para serviços móveis para fomentar a inovação, e que a FCC e o judiciário não podem substituir decisões do Congresso por “intuições pessoais sobre políticas regulatórias simétricas”. Reclama ainda que a Comissão se autoproclamou reguladora da Internet. “Poucas regras finais de quaisquer agências administrativas federais tiveram tanto potencial de afetar as vidas de tantos americanos”, diz o texto da petição da CTIA.

Já a abordagem da NCTA é de que a decisão de reclassificação da banda larga foi arbitrária e sem justificação ou razão adequada. “Apesar de alegar que uma nova abordagem era necessária para enfrentar ‘mudanças nas circunstâncias factuais’ (…), a FCC nunca identificou qualquer mudança real e relevante, oferecendo apenas assertivas demonstravelmente falsas de novos fatos”, afirma a petição das operadoras de cabos. Em comunicado, a associação disse “não celebrar a petição”, mas acreditar que a atitude é necessária para “corrigir uma ação ilegal tomada pela FCC”. A entidade assegura que não está contra as proteções à neutralidade de rede e que apoia a decisão da Comissão de 2010, com abordagem de “regulação leve”. Mas justifica que “redes dinâmicas de Internet não parecem ou merecem ser tratadas como sistemas de telefonia arcaicos”.

Em comunicado, o chairman da FCC, Tom Wheeler (que curiosamente já foi presidente das duas associações no passado), desdenhou da tentativa de reversão das novas regras da Open Internet. “Não é surpresa alguma que os grandes figurões tenham desafiado a decisão de um painel de três juízes”, disse, referindo-se à recente negativa do Tribunal da Columbia da tentativa das operadoras de barrar na Justiça a implantação das regras aprovadas em fevereiro de 2015. “Estamos confiantes de que toda a Corte vai concordar com a afirmação do painel de que a FCC tem autoridade clara para aplicar suas fortes regras d Open Internet, baseada no processo razoável de tomada de decisão, e na adequação do histórico de como elas (as decisões) foram desenvolvidas”, completou.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile