Metaverso no RH: o que o futuro reserva para o setor?

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O conceito de mundo virtual integrado ao mundo físico parecia muito distante da nossa realidade. Mas, desde que o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou seus planos para promover essa união, o rumo de tudo mudou. Agora, fala-se muito em metaverso, inclusive no RH. 

Esse fenômeno digital emergente tem tomado conta do mundo do trabalho — e gerado uma série de dúvidas, tanto nos profissionais de Recursos Humanos quanto nos próprios trabalhadores. 

É no intuito de esclarecer (mesmo que parcialmente) esses questionamentos que decidi escrever este artigo. Vamos tentar entender de que forma o metaverso impacta a rotina do RH e como as empresas devem se preparar para essa revolução. 

Antes de tudo, o que é metaverso? 

Metaverso é o termo usado para se referir a um universo virtual semelhante ao nosso universo físico. Ele é construído por meio de realidade virtual, realidade aumentada e, claro, internet. Portanto, o metaverso pode ser definido como uma rede de mundos virtuais que tenta replicar a realidade e cujo foco seja as interações sociais. 

Além da realidade virtual e da realidade aumentada, também fazem parte desse conceito inteligência artificial, blockchain e outras tecnologias emergentes. Essa é uma grande mudança na forma como vamos socializar, aprender, nos entreter, comprar e, claro, trabalhar. 

Segundo Mark Zuckerberg, o metaverso já é uma realidade, mas em uma versão mais simples, diferente daquela que ele e outros entusiastas idealizam. Sua previsão é de que esse futuro chegue em até 15 anos e seja acessível para todas as pessoas. 

Contudo, essa dificilmente será uma realidade coletiva. Para tal, seria necessário disponibilizar conexão estável de internet 5G para todos, além de equipamentos de alto custo, como óculos de realidade aumentada, luvas e outros dispositivos. Por mais que essa tecnologia ainda esteja em desenvolvimento, democratizá-la é um desafio à vista.

O que é metaverso no RH? 

Seguindo a mesma lógica, o metaverso no RH teria como proposta principal criar um ambiente virtual voltado para as relações de trabalho, simulando o dia a dia das empresas em uma realidade pré-pandemia. 

Há um tempo já vemos a migração de diversas atividades tradicionalmente físicas para o meio virtual. Especificamente na área de Recursos Humanos, é possível conduzir processos de recrutamento e seleçãoadmissão de funcionários, onboarding e diversos treinamentos a distância, 100% online.

Inicialmente, nenhuma dessas tarefas era feita virtualmente. No entanto, uma série de fatores, inclusive a pandemia da Covid-19, aceleraram a migração para o meio digital. Naturalmente, as equipes se adaptaram e muitas empresas viram com bons olhos as mudanças.

Hoje, a digitalização do RH é uma realidade. Tudo pode ser feito no ambiente virtual, desde assuntos mais burocráticos, como documentação de funcionários, até implementação de programas de retenção de talentos, treinamento, planos de carreira, eventos para integração das equipes, entre outras. 

No entanto, embora muitas atividades possam ser feitas a distância, aqueles que se opõem a essas práticas argumentam a falta de interação humana e levantam as consequências que isso pode trazer a longo prazo. Esse é um ponto que, de acordo com a proposta do metaverso, trará mudanças positivas.
  

Quais os benefícios do metaverso no RH? 

A realidade mista — física e virtual — vai muito além de aspectos meramente tecnológicos. Ela compreende a aplicação de soluções voltadas para aspectos comportamentais do ser humano. Isso quer dizer que o metaverso não tem fim em si mesmo, e sim visa promover um ambiente de cooperação sem barreiras geográficas. 

Mas, qual é o papel do RH no metaverso? Bem, posso dizer que, certamente, essa inovação trará inúmeros benefícios (e desafios). Confira quais são eles a seguir! 

Integração da equipe 

Sabe o convívio social perdido em decorrência do trabalho home office? Por meio do metaverso, os funcionários poderão frequentar os espaços virtuais da empresa, ou seja, ir ao escritório, interagir com os colegas, participar de reuniões etc. 

Esse é o tipo de inovação que promove o fortalecimento da cultura organizacional, potencializa os vínculos entre as pessoas e torna o ambiente de trabalho mais agradável. 

Desburocratização dos processos 

Já temos visto o potencial do RH digital em otimizar a rotina do setor e desburocratizar processos antes morosos e passíveis de falhas. A adoção de aplicativos e softwares facilitaram algumas atividades, mas a ideia é que o metaverso torne tudo digital. 

Empresas que pretendem adotar essa nova realidade precisam pensar em ferramentas de trabalho remoto cada vez mais inovadoras para suprir necessidades que eventualmente surgirão. Além disso, é preciso apresentá-las aos funcionários e promover treinamentos para o uso adequado dos softwares. 

Humanização das empresas: 

Embora seja comum associarmos a tecnologia a algo não humano, o metaverso no RH pode promover experiências cada vez mais personalizadas para as pessoas. Por meio dos algoritmos, será possível entender a fundo os gostos de cada indivíduo e, com isso, atender às expectativas. 

Colocar o usuário no centro das decisões promoverá processos mais humanizados dentro das empresas. Isso porque o RH e as lideranças saberão quais são as dores dos trabalhadores, suas demandas mais urgentes, e poderão criar um ambiente melhor para cada um.  

Como adotar o metaverso no RH? 

Por mais que o metaverso ainda não seja da forma como seus idealizadores e os entusiastas desejam, já é possível aproveitar as oportunidades para implementar essa revolução nas empresas. 

Embora exista uma série de desafios, o primeiro passo para adotar o metaverso no RH e, depois, nas demais áreas da organização é investindo em tecnologia. Migrar os rituais da empresa — feitos tradicionalmente no mundo físico — para o ambiente virtual é o primeiro passo. 

Isso quer dizer atividades como comunicação interna, gestão de tarefas, troca de feedbacks, registro de ponto e tantas outras pertencentes à rotina do RH precisam ser conduzidas digitalmente. 

Mas isso não quer dizer que você deve apenas transportar o físico para o virtual. É necessário adaptar os processos ou até criar novos formatos de gestão próprios para o ambiente virtual. 

Conclusão 

Quando pensávamos que o RH 4.0 era o mais avançado em termos de tecnologia no setor de Recursos Humanos, o metaverso veio para mostrar que é possível evoluir com mais rapidez e agilidade. Em breve veremos o surgimento de um RH 5.0, voltado para as conexões humanas em ambientes totalmente virtuais. 

O metaverso no RH propiciará uma gestão mais humanizada, eficiente e ágil, potencializando as relações no mundo online e offline. 

Isabella Furbino, Head de Gente e Gestão no Tangerino.

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