Governança as-a-service na era da Tecnologia para Inovação

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Quando o número de implantações de máquinas virtuais superou o número de servidores físicos em meados de 2009, as organizações inauguraram um novo paradigma: o fenômeno da computação em nuvem.

Naquele momento, parecia uma solução para a limitação de investimento, construção e manutenção dos grandes CPDs que estavam lotados de servidores X86. No entanto, como podemos ver hoje, foi muito mais do que isso. Com a disponibilidade da infraestrutura de rede ampla e veloz, somada ao poder computacional e virtualizado, as possibilidades da computação em nuvem são imensas e um dos principais pilares da consumerização de TI.

Nesse cenário, o poder da escolha do cliente fica maior a cada dia e transcende ao profissional de TI. Diversos estudos de mercado apontam que mais da metade desses negócios são decididos por outros executivos que não os gestores de TI, em áreas como negócio e funções financeiras. E o nível de satisfação tem sido muito alto com os resultados e a flexibilidade obtida.

O poder dado ao cliente, também, quanto às possibilidades de negociação com pagamento sob uso, autoatendimento, rapidez, elasticidade e disponibilidade em qualquer lugar ou hora, fazem com que a indústria de TI se reinvente com formas criativas de comercialização e uso para soluções instaladas (on-premise ou off-premise) ampliando a autonomia dos usuários na ativação de serviços.  A tendência é haver cada dia mais opções, pois não são muitos os desenvolvedores que possuem aplicações prontas para rodar em nuvem privada. Há muito ainda por vir.

Frente a essas mudanças, a TI deixa de ser coadjuvante e passa ao papel de protagonista em muitos tipos de negócios e indústria. TI não mais como Tecnologia da Informação, mas sim Tecnologia para Inovação.

Governança as-a-service é uma forma de prestação de serviço, com modelo proporcional à criticidade de TI para cada companhia e para os negócios. A criticidade que precisa ser focada é a do negócio, conforme a indústria, independente do tamanho da empresa ou de sua área de TI. Para tal, é necessário uma camada de serviços e processos que seja capaz de gerenciar permanentemente os potenciais impactos de negócio, com pessoas habilitadas para entender os cenários, interpretar as informações dos instrumentos, assegurar que as correlações e automações estejam atendendo as diretrizes e atuar de forma integrada com diferentes fornecedores de tecnologia (em nuvem ou instaladas). Nessa camada de gerenciamento crítico do negócio, pessoas, processos e ferramentas se reúnem com foco no potencial impacto que as capacidades de TI trazem para a empresa. Essa é a camada capaz de suportar o novo ciclo de inovação de TI como viabilizador da transformação e sustentação de negócios.

André Magno, diretor de Produtos de Data Center da Level 3, Brasil

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