Branded content- As atividades industriais são responsáveis por 24% das emissões globais de gases de efeito estufa, o que representa um impacto comparável ao de todos os meios de transporte combinados, como automóveis, caminhões, aviões, navios e trens. Nesse cenário, o uso eficiente da energia e os esforços em direção ao net zero têm se mostrado estratégias indispensáveis para superar os desafios operacionais e de sustentabilidade.
Leandro Bertoni, vice-presidente da divisão de Power Systems da Schneider Electric para a América do Sul, explica que “a transformação rumo à eficiência energética é gradual e seus benefícios se manifestam no longo prazo”. Segundo ele, é possível incorporar, desde a concepção dos projetos fabris, alternativas mais eficientes e sustentáveis. O executivo afirma que o carbono incorporado na construção de projetos pode ser reduzido com a adoção antecipada de tecnologias de baixa emissão, criando um modelo sustentável desde o início.
As despesas operacionais representam um campo fértil para estratégias que promovem tanto a otimização do emprego do recurso quanto a descarbonização. Por meio de plataformas de administração e controle de dados, como o EPMS e o SCADA, torna-se viável monitorar o consumo em tempo real, integrar soluções renováveis, gerenciar picos de demanda e aprimorar a compra de energia. Oscilações e baixo fator de potência, que impactam diretamente a performance de equipamentos, podem ser corrigidos para conter custos e prevenir falhas inesperadas.
Melhora do desempenho energético
O aperfeiçoamento da capacidade energética também abre portas para práticas modernas de manutenção, com sistemas que preveem intervenções antes que problemas críticos surjam, evitando interrupções e custos extras, bem como garantindo operações contínuas e melhor desempenho dos ativos no decorrer do tempo.
“A utilização de fontes de energia renovável, juntamente com mecanismos de backup como microgrids, aumenta a resiliência e a independência energética das instalações, assegurando fornecimento seguro mesmo em momentos críticos”, diz Bertoni. “Com incentivos governamentais e regulamentações em constante evolução, essas soluções passam a ser mais acessíveis e vantajosas para as empresas.”
Rápido retorno sobre o investimento
Embora muitos acreditem que a eficiência energética demora a gerar reação financeira, o retorno sobre o investimento (ROI) é mais rápido do que se imagina. O período médio de ROI dessas iniciativas é de 18 a 20 meses devido à diminuição nos custos de energia, maior durabilidade de equipamentos e incentivos regulatórios.
“Além da tecnologia, a gestão desse recurso é uma questão cultural que depende do compromisso de todos os colaboradores – do CEO aos operadores – de economizar energia. A conscientização e o treinamento contínuos são essenciais para tornar esse uso eficiente em um pilar das indústrias”, conclui Bertoni.