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Tendências para o mercado de seguros no Brasil

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Quando falamos em tendências para o mercado de seguros, fica claro que “mudança”, “agilidade”, “simplificação”, “acessibilidade” são palavras que ecoam como mantra nos corredores das empresas mais tradicionais.

Muitas dessas tendências são trazidas pelas startups de seguro, chamadas “insurtechs” , que, de forma rápida, podem apresentar um modelo de negócio, canal ou produto disruptivos, mas também pela necessidade de inovação que todo e qualquer negócio enfrenta quando se depara com um mundo cada vez mais digital.

Além disso, o surgimento da nova geração de consumidores é o aspecto mais importante. Essa geração espera que suas relações comerciais sejam pautadas pela parceria, colaboração, relação ganha-ganha, alto valor percebido e afinidade de propósito.  Isto vale tanto para a compra de um sapato como para a compra de um seguro

Nesse cenário de mudanças, podemos apontar algumas tendências para o mercado:

  1. A redução do tempo gasto com burocracia 

As empresas que souberem melhor utilizar as tecnologias atuais à disposição para reduzir ao máximo a burocracia ganharão muito terreno ao tornarem mais amigáveis ao público final os seus processos de precificação, análise de riscos, aquisição de cliente, emissão de apólices, abertura e análise de sinistro, pagamento de indenizações e atendimento.

Algumas dessas tecnologias são a autenticação eletrônica de documentos, verificação eletrônica de identidade, leitura e avaliação de documentos, internet das coisas, blockchain, inteligência artificial, design thinking e UX.

Um exemplo sobre a adoção de tecnologias de ponta é dado por uma pesquisa realizada pela empresa Accenture com executivos do mercado brasileiro, que revela que 85% deles pretende investir pesado em tecnologias relacionadas à inteligência artificial nos próximos três anos.

  1. Pessoas não são iguais. Seus seguros também não deveriam ser. 

A nova postura do consumidor vai exigir que os subscritores considerem muitos outros elementos no momento de analisar riscos e de precificar os seguros.

O comportamento de um determinado consumidor com o bem segurado ou com a sua própria vida poderá e deverá ser levado em conta no momento que o subscritor determina sua exposição ao risco. Chegará o dia em que nenhuma pessoa terá o mesmo preço de seguro que outra, mesmo que estejam segurando um bem de mesmo valor, tenham a mesma idade, morem na mesma rua e possuam, virtualmente, o mesmo perfil.

Já é realidade a existência de seguradoras que medem a velocidade média de um veículo de propriedade do segurado, para agravar ou não o preço de seu seguro.

Imagine então a seguinte situação: pessoas que permitirem ter sua saúde monitorada 100% do tempo por um adesivo que transmita dados a uma central, poderão, dependendo do resultado deste monitoramento, ter um desconto ou preço especial em um seguro de vida.

Enfim, a utilização da tecnologia abre uma possibilidade imensa para as empresas que queiram inovar.

  1. Quer ir rápido, vá sozinho. Quer ir longe, vamos juntos. 

Esse ditado africano resume bem a tendência da postura comercial de uma empresa de seguros moderna.

Somente oferecendo seguros, as empresas não conseguirão mais causar um grande impacto na vida das pessoas e, portanto, não conseguirão transmitir o valor que as pessoas esperam de uma relação entre segurado e seguradora.

As seguradoras precisarão ir além de remediar o risco. Elas precisarão aprender a oferecer produtos que mitiguem o risco em questão. Assim, estas perguntas deverão estar cada vez mais presentes durante o processo de desenvolvimento de um produto de seguro:

Como eu ajudo as pessoas a viver mais e melhor? Como eu ajudo as pessoas a protegerem seus bens evitando ao máximo que o risco aconteça?

Desta forma, a tendência de buscar parcerias para modernizar as ofertas é certa para as empresas que querem verdadeiramente se diferenciar no mercado.

  1. Ser digital não é mais tendência, é vital. 

Saber encontrar o cliente no momento certo, com a oferta certa e com o preço certo sempre foi um dos maiores desafios de qualquer negócio. Com seguros isso não é diferente.

As empresas que ditarão as regras da nova economia digital serão aquelas que consigam entender a capacidade de segmentação das ferramentas sociais, que possam analisar o comportamento de seu consumidor no mundo digital e que saibam explorar criativamente todas as possibilidades de comercialização de um seguro nas mídias e ambientes digitais. Além disso, elas ainda devem ter um portfólio de produto diferenciado.

Resumindo, o mergulho no mundo digital requer das organizações o desenvolvimento de capacidades não tão comuns no meio empresarial tais como “tolerância ao erro e ao teste”, “apetite ao risco”, “arrojo” e “criatividade”, entre outras.

Laercio Cerboncini, Head of Digital Chubb in Brasil.

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