Samsung falha ao tentar banir violações à segurança do trabalho em fábricas na China

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Fábricas terceirizadas da Samsung na China continuam a cometer violações legais e de segurança que a empresa sul-coreana havia prometido eliminar até o fim de 2012. É o que revela o relatório anual de sustentabilidade da companhia, o qual divulga os resultados de uma auditoria independente que a empresa encomendou depois de admitir irregularidades trabalhistas por parte de seus fornecedores, em setembro de 2012.

A nova auditoria, realizada no ano passado, mostrou que 59 de 100 fornecedores chineses da Samsung fiscalizados não oferecem equipamentos ou supervisão de segurança suficiente aos trabalhadores, enquanto 33 fábricas usaram multas ou penalidades para disciplinar os trabalhadores, segundo informações do jornal britânico Financial Times.

Os resultados entram em confronto com a promessa da Samsung feita em novembro de 2012, de que eliminaria tais práticas no final do mesmo ano, após receber denúncias da China Labor Watch, organização não governamental que atua na área trabalhista, sediada em Nova York. A empresa também prometeu que, até o mesmo prazo, baniria toda a discriminação na contratação, irregularidades nos contratos e empresas que não fornecem cópias dos contratos para os trabalhadores, porém, cada um deles foi visto em uma minoria de fornecedores durante a última auditoria.

"A Samsung tem sérias preocupações com as condições de trabalho em seus fornecedores", disse a companhia em um comunicado, acrescentando que tem feito "progressos significativos" na contenção das violações, e que é "constantemente chamada para ações corretivas [de seus fornecedores] para garantir que o problema seja resolvido no menor tempo possível."

Outro problema comum no setor fabril chinês, que têm causado embaraço para outras empresas de tecnologia, como a Apple, é o das horas extras ilegais. Enquanto as empresas dizem que os empregados muitas vezes querem trabalhar mais do que o número máximo legal de horas, ativistas trabalhistas dizem que isso acontece porque os seus salários extremamente baixos não lhes dão nenhuma escolha.

Também em 2012, a Samsung informou que iria "eliminar horas para além dos limites legais até o fim de 2014", mas a auditoria realizada no ano passado também constatou que "a maioria dos fornecedores chineses não cumprem as horas extras legalmente permitidas".

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