Amazon tem a maior valorização no trimestre e fica entre as 5 de tecnologia mais valiosas

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A Amazon foi a empresa de tecnologia que se valorizou mais entre abril e junho deste ano na bolsa eletrônica Nasdaq. Segundo levantamento realizado pelo jornal USA Today, a varejista online foi a mais rentável, por larga margem, entre as 30 companhias do setor com maior valor de mercado.

A estatística tomou como parâmetro o valor das ações da Amazon até o fechamento de quarta-feira, 29, quando foram cotadas a US$ 715,60 a ação, alta de 1% em relação ao dia anterior. Nos três últimos meses, os papéis da companhia subiram de 21%, perfazendo uma valorização de US$ 58 bilhões, aproximadamente a mesma registrada pelo Facebook. Agora as duas empresas têm valor de mercado de cerca de US$ 326 bilhões, o que coloca a Amazon na quarta posição no ranking das companhias de tecnologia mais valiosas dos Estados Unidos.

O desempenho da Amazon se destaca principalmente pelo contraste com o cenário adverso no trimestre para a maioria das empresas de tecnologia, embora entre o grupo das 30 maiores empresas as ações tenham mais subido do que caído. O papel da Amazon foi o único entre as cinco empresas de tecnologia mais valiosas a subir (veja gráfico abaixo). O índice Nasdaq caiu 1% no período.

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Ao contrário da Amazon, as ações da Apple e a Alphabet/Google, as duas empresas mais valiosas do setor, sofreram quedas de 12,5% e 9%, respectivamente. A Apple foi a que teve o pior desempenho entre os gigantes da tecnologia. A fabricante do iPhone perdeu US$ 74 bilhões em valor de mercado, em decorrência da expectativa dos investidores de que a receita da empresa deve registrar queda de 7% no seu ano fiscal, que termina em setembro.

As ações da Netflix e do Baidu também caíram no segundo trimestre, 12,5%, ficando entre as que mais desvalorizaram. Já as ações do Facebook caíram 2%, um pouco maior do que a queda da Nasdaq. A Microsoft foi outra cujas ações caíram mais do que a média dos papéis de tecnologia durante o período.

As ações da fabricante de software sofreram queda devido principalmente a dois dias muito ruins, em que o volume negociado baixou drasticamente. Um deles foi em abril, após a divulgação do balanço financeiro do terceiro trimestre fiscal, e o outro foi este mês, depois que a Microsoft anunciou a compra da rede social de contatos profissionais LinkedIn, por US$ 26,2 bilhões, a maior aquisição já feita pela empresa e um dos maiores prêmios já pagos pelas ações de uma companhia.

O dado positivo para o Linkedin é que graças a oferta de aquisição da Microsoft, a rede social agora é a 45ª empresa de tecnologia mais valiosa dos EUA. O preço das ações da companhia subiram 72% nos três últimos meses, superando até mesmo o desempenho trimestral da Amazon. Quatro meses atrás, em 5 de fevereiro, as ações do LinkedIn tiveram uma queda de mais de 40% após uma previsão de resultados decepcionante. Mesmo com a aquisição pela Microsoft, no entanto, as ações do LinkedIn ainda estão abaixo de 15% neste ano.

Nesse cenário, chamou atenção a capacidade da Amazon em atrair investidores no trimestre — e de maneira tão forte. Tanto que apenas três outras ações, entre as das 30 maiores empresas de tecnologia, registraram ganhos de dois dígitos ou quase dois dígitos nos três últimos meses — a T-Mobile, Salesforce e Tencent, cujas ações subiram 12%, 10% e 9,5%, respectivamente.

O destaque é ainda maior considerando que, desde o início do ano, os investidores têm dado preferência pelos papéis de empresas do setor de telecomunicações. Tanto que os ganhos de participação da AT&T e da Verizon superaram o mercado.

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