Sabemos que desde 2010, a indústria global de serviços em nuvem tem crescido ano após ano para alcançar uma avaliação de US$ 370 bilhões em 2020, marcando um crescimento de mais de 380% em apenas 10 anos. No entanto, quando contextualizado com o fato de que 90% dos dados mundiais em 2013 foram criados entre 2011 e 2012, é inevitável que mais dados exijam a necessidade de mais armazenamento. No final de 2020, o peso virtual de todas as informações do mundo era de 44 zetabytes (trilhões de gigabytes), um número representado por 21 zeros. Não por menos, cerca de 50% de todos os dados corporativos são armazenados na nuvem, a partir de 2020.
Mais que uma solução de armazenamento eficiente, a cloud é uma plataforma única para gerar dados e soluções inovadoras para tomada de decisão. Com um foco intenso na adaptabilidade para facilitar uma forma de pensamento orientado a serviços com o que não se pensava antes.
Segundo a pesquisa global apresentada por Renato Pasquini, diretor global de pesquisa em TIC da Frost & Sullivan, sobre o mercado de Cloud, as empresas de TI no Brasil também impulsionaram sua transformação digital por meio da nuvem. Comentando o estudo ele afirma que, na visão dos entrevistados para ser uma organização com mindset digital, resiliente, ágil e confiável, a infraestrutura deve estar alinhada à estratégia digital da organização, permitir a implantação rápida de recursos e dessa forma ser capaz de habilitar novos serviços dinamicamente e ter capacidades de automação e gestão inteligentes.
Ainda conforme apontou o executivo sobre a pesquisa, a pandemia mudou as estratégias centradas no cliente, sendo que, para 2022, 68% das companhias ouvidas querem aumentar a produtividade, 50% reduzir os custos, 41% fidelizar clientes e 36% introduzir novos produtos/ serviços.
Segundo Pasquini, os orçamentos para novas iniciativas pautadas em nuvem estão crescendo, os modelos de nuvem híbrida estão gradativamente ganhando espaço nos orçamentos de TI das empresas.
No estudo 48% das empresas ainda utilizam apenas o data center tradicional como formato de infraestrutura enquanto que 52% utilizam algum tipo de nuvem como parte de sua infraestrutura digital.
Ele destacou também que 51% das empresas utilizam mais de um provedor de Cloud pública para IaaS (Infrastructure as a Service) e PaaS (Platform as a Service), evidenciando que conexões padronizadas, rápidas e seguras simplificam o alinhamento com fornecedores, parceiros e outros integrantes no ecossistema de infraestrutura.
Sobre o futuro da infraestrutura digital na América Latina, entre 2020 e 2024, a pesquisa prevê crescimento de 43% para IaaS, 11% para Hyperconverged (Infraestrutura Hiperconvergente) e 4% para LCaaS (Local Cloud as a Service).
A capacidade de se especializar das empresas se expandiu, permitindo que as organizações inovem seus modelos e processos de negócios em busca de suas competências essenciais e objetivos de negócios e neste contexto encontram as oportunidades de crescimento por meio de três vertentes. Na evangelização dos provedores baseadas nos benefícios ofertados ganhando a confiança das organizações; na simplificação que os serviços promovem e no provimento de mais ajuda na gestão proporcionada por parceiros qualificados no gerenciamento das nuvens.