Tráfego de dados de computação em nuvem quadruplicará até o final de 2019, indica estudo

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O tráfego global de dados de computação em nuvem irá quadruplicar até o final de 2019, de acordo com a quinta edição do Global Cloud Index, estudo anual da Cisco divulgado nesta sexta-feira, 30, o qual analisa a movimentação de dados nos data centers e aponta tendências relacionadas à computação em nuvem. O tráfego na nuvem é uma parte do tráfego total em data center gerado por meio de serviços de cloud computing acessados pela internet.

Segundo a pesquisa, os dados movimentados na nuvem passarão a representar mais de quatro quintos (83%) do total dos data centers até 2019, devendo saltar de 2,1 zettabytes (ZB) para 8,6 zettabytes, um aumento de cerca de 300%. O volume supera o aumento do tráfego total de data centers, que deverá triplicar no mesmo período, passando de 3,4 ZB registrados em 2014 para 10,4 ZB até final do período avaliado, alta de 200%. Para se ter uma ideia, 10,4 ZB equivalem a cerca de 26 meses de streaming contínuo de música para toda a população mundial.

O relatório aponta vários fatores são responsáveis por este crescimento acelerado do tráfego e pela transição para serviços na nuvem. Entre eles estão a demanda por serviços pessoais, provenientes do crescente número de dispositivos móveis, a popularidade dos serviços corporativos em nuvem pública e o aumento do grau de virtualização nas nuvens privadas, com o consequente aumento da densidade de cargas de trabalho. O crescimento de conexões máquina a máquina (M2M) também se tornou significativo pelo potencial de impulsão do tráfego em nuvem no futuro.

De acordo com o estudo, as cargas de trabalho em data center, no geral, deverão dobrar entre 2014 e 2019. No entanto, as cargas de trabalho na nuvem aumentarão mais que três vezes no mesmo período. A densidade das cargas de trabalho em data centers virtuais foi de 5,1 ZB em 2014 e irá aumentar para 8,4 ZB em 2019. A título de comparação, em data centers tradicionais a densidade de carga de trabalho foi de 2 ZB em 2014 e irá subir para 3,2 ZB em quatro anos.

Em termos de dados gerados por conexões da Internet de Todas as Coisas (IoE), o volume deverá atingir 507,5 zettabytes por ano (42,3 ZB por mês) em 2019, bem acima dos 134,5 zettabytes por ano de 2014. O estudo projeta que uma cidade inteligente com 1 milhão de pessoas irá gerar 180 milhões de gigabytes de dados por dia no período analisado.

 O relatório da Cisco projeta ainda que, em 2019, 55% (mais de 2 bilhões de usuários) da população que utiliza a internet estará usando o armazenamento pessoal na nuvem, contra 42% (1,1 bilhão de usuários) em 2014. Globalmente, o tráfego de armazenamento pessoal na nuvem, por usuário, será de 1,6 gigabyte por mês em quatro anos, ante 992 megabytes por mês registrados em 2014.

Em 2014, 73% dos dados armazenados em dispositivos pessoais encontravam-se em PCs. Em 2019, a maioria dos dados armazenados (51%) será transferido para dispositivos além do PC — smartphones, tablets e módulos M2M, por exemplo.

Com o crescimento do volume de dados armazenados, a Cisco prevê maior demanda por armazenamento pessoal na nuvem. O estudo prevê, por exemplo, que até 2017, o tráfego global dos smartphones (201 exabytes por ano) irá exceder a quantidade dos dados armazenados nesses dispositivos (179 exabytes por ano), havendo a necessidade de maiores capacidades de armazenamento na nuvem.

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