Dell dobra pontos-de-venda e avalia criar loja própria no Brasil

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Como parte da estratégia de se aproximar mais do consumidor brasileiro, a Dell praticamente dobrou sua presença no varejo neste ano e espalhou seus produtos por mais de mil lojas físicas e dez sites de e-commerce. Para 2012, a fabricante de PCs pretende aumentar ainda mais os pontos-de-venda, embora não revele números. "Investimos na elaboração de uma estrutura interna de varejo e triplicamos as contratações nesse segmento", explicou o diretor de vendas para pequenas e médias empresas e consumidor final da Dell Brasil, Daniel Neiva.

O executivo ressalta a mudança na estratégia de comercial que, até então, era focada em vendas diretas, por meio de seu site e de call center, que ainda hoje não é terceirizado. "Mesmo assim, nossa prioridade em termos de pontos-de- venda são empresas especializadas em tecnologia, como a Fast Shop, Fnac e Saraiva, que recebem mais produtos e treinamento especializado", completou Neiva.

Neiva explica que, com base em uma pesquisa realizada no início do ano, a empresa detectou que poderia perder mercado caso não desse ao consumidor a experiência de conhecer o produto, em vez de apenas listas e especificações em seus sites. "Além disso, o consumidor quer imediatismo na compra. Queremos dar essa opção para ele, de levar o produto imediatamente para casa", completa.

Neiva revelou que, embora ainda não tenha uma data definida, a Dell está estudando a abertura de uma loja própria no Brasil. "Assim como as expectativas do consumidor, isso é uma questão que estamos contemplando nos nossos estudos de marca, mas não temos previsão nem uma resposta se isso realmente vai acontecer", esclarece.

Foco no Brasil

O diretor geral da Dell Brasil, Raymundo Peixoto, afirmou que o mercado brasileiro é prioridade para empresa na América Latina. Sem revelar valores, o executivo afirmou que o país representou 50% das contratações neste ano e alimenta expectativas de forte crescimento, contrariando projeções do Gartner e da IDC sobre desaceleração do mercado de PCs. "A economia brasileira ainda cresce e a ascensão da classe C mostra que ainda há muito espaço para os fabricantes", analisa Peixoto, ao ressaltar que essa camada da população ainda está passando pelo processo de compra do primeiro computador.

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