Redes sociais corporativas serão o principal meio de comunicação e tomada de decisões com base em informações relevantes ao negócio. No entanto, 80% dos projetos de social business não alcançarão seus objetivos até 2015 devido ao gerenciamento inadequado e a ênfase exacerbada em tecnologia, segundo o Gartner.
“As empresas precisam entender que iniciativas sociais são diferentes de implementações anteriores de tecnologia”, alerta a vice-presidente e analista especializada do Gartner, Carol Rozwell. Segundo ela, soluções tecnológicas tradicionais, como sistemas de ERP e gestão de relacionamento com o cliente (CRM), funcionavam como paradigma. “Funcionários eram treinados em uma aplicação e então deveriam utilizá-la. Em contraste, iniciativas sociais requerem uma abordagem contrária — alguém que engaja trabalhadores e oferece a eles uma maneira significativamente melhor de trabalho. Na maioria dos casos, eles não podem ser forçados a usar apps sociais, eles devem optar por eles”, detalha.
Isso significa que os líderes de iniciativas sociais devem direcionar o foco para identificar como os projetos de social business irão aprimorar as práticas de trabalho tanto para indivíduos como para gestores e equipes, em vez de se aprofundar em decidir qual tecnologia deve ser implementada. Eles precisam de um conhecimento detalhado em redes sociais: como as pessoas estão trabalhando atualmente, com quem elas se relacionam no trabalho e quais são suas demandas, diz o relatório.
“Há muita atenção em conteúdo e tecnologia, e não o realce adequado em liderança e relacionamentos”, critica Carol. “Líderes precisam criar uma estratégia social que faça sentido para a organização e enfrentar a difícil mudança organizacional no ambiente corporativo”, expõe.
Além disso, o Gartner também prevê redes internas espelhadas no Facebook em 50% das grandes companhias no mundo em 2016. Apesar disso, apenas 30% serão consideradas essenciais para o negócio, equiparadas ao papel de ferramentas de comunicação como e-mail e telefone hoje em dia.
“A popularidade e efetividade de sites de redes sociais como uma plataforma de comunicação em grupo entre consumidores está influenciando empresas a adotar tecnologias semelhantes no âmbito privado”, explica o diretor de pesquisa do Gartner, Nikos Drakos. De acordo com o especialista, as redes sociais corporativas melhoram a processos de conectar pessoas, capturar e reutilizar conhecimento relevante, e entregar informações de maneira inteligente.
Além disso, em 2017, a maioria das aplicações terá uma fusão de atributos das áreas de jogos, mobilidade e mídias sociais. Para o Gartner, os três segmentos já estão emergindo no mercado em apps por aumentar a atratividade, usabilidade e eficiência da ferramenta – movimento que ganhará ainda mais força nos próximos cinco anos.
“Usuários devem incluir a fusão social-mobile-game entre as características desejadas quando estiverem em busca de novos investimentos”, afirma o vice-presidente do Gartner Fellow, Tom Austin. “Aplicações e provedores de apps que falharem em explorar os benefícios disso devem esperar adoção baixa e, consequentemente, poucas vendas frente aos concorrentes que tiram proveito dos benefícios dessa fusão”, finaliza.