No ano passado, os ataques de phishing (fraude eletrônica caracterizada por tentativas de adquirir informações sigilosas de usuários na internet por meio de páginas falsas da web) aumentaram 59% no mundo em relação ao ano anterior, resultando num prejuízo de US$ 1,5 bilhão para a economia mundial. Um levantamento da RSA, divisão de segurança da EMC, destaca o Brasil como o terceiro país com maior número de empresas atacadas no mundo, repondendo por 5% do volume total, ao lado de Austrália, Índia e Canadá. Estados Unidos e Reino Unido lideraram a lista de ataques, com 28% e 10%, respectivamente. Entre os principais hospedeiros de phishers, o Brasil se encontra em quarto lugar, com 4% dos ataques hospedados.
“Apesar de o phishing ser um dos tipos mais antigos de golpes online, os usuários de internet ainda caem nessa armadilha, o que o faz permanecer tão popular”, comenta o diretor da divisão técnica para a América Latina e Caribe da RSA, Marcos Nehme. “Com a sofisticação dos ataques realizados nos dias de hoje, nossas perspectivas indicam que 2013 será outro ano recorde em número de ataques de phishing ao redor do mundo e o Brasil entrando cada vez mais neste cenário mundial”.
No ano passado, a RSA identificou que sites de companhias aéreas e de varejo, plataformas de jogos, provedores de comunicação móvel e serviços de webmail foram áreas estratégicas para o cibercrime. As lojas de varejo online foram os principais alvos, e por meio da criação de webpages comuns, que imitavam as homepages das varejistas, os criminosos enganaram usuários e conseguiram acessar dados pessoais e até mesmo corporativos.
Os aplicativos de compras através de dispositivos móveis também foram um método útil para o phishing e tendem a crescer cada vez mais neste ano. “Com o crescimento exponencial de aparelhos telefônicos e tablets com acesso a internet, os cibercriminosos já estão se aproveitando destes recursos para criar novas táticas. Em 2013, esta deverá ser a principal atuação do phishing”, afirma Nehme.
Uma dessas atuações deve ser por meio de aplicativos falsos disponíveis para download. As redes sociais são outros meios extremamente visados pelos phishers devido também a alta popularidade e por concentrar os principais alvos dos hackers.