Os gastos mundiais das empresas com TI devem ter uma redução de 3,8% neste ano, contabilizando US$ 3,2 trilhões, contra os US$ 3,4 trilhões registrados no ano passado, segundo o Gartner.
Dentre os segmentos, o que sofrerá o maior impacto da desaceleração econômica será o de hardware, cujas receitas devem ter queda de 14,9%, totalizando US$ 324,3 bilhões neste ano. O setor de serviços deve fechar o ano com faturamento 1,7% inferior, de US$ 796,1 bilhões.
O único segmento de TI que promete apresentar crescimento é o de software, cujos gastos das empresas devem totalizar US$ 222,6 bilhões, um pequeno incremento de 0,3%.
O Gartner considera o setor de telecomunicações como parte de TI e para o qual projeta investimentos US$ 1,89 trilhão neste ano, um recuo de 2,9% na comapração com 2008.
Segundo a consultoria, embora os pacotes de investimento dos governos sejam importantes no longo prazo, eles não vão conseguir segurar os efeitos da crise. Enquanto o mercado mundial não se estabilizar, é pouco provável que os PIBs mundiais, inclusive dos investimentos em TI, registrem crscimento.
Richard Gordon, vice-presidente de pesquisas e chefe de previsões globais do Gartner, analisa que, por causa da crise mundial, as empresas estão se sentindo pressionadas a reduzir os orçamentos de TI e os consumidores estão controlando mais seus gastos.
"A velocidade de resposta das empresas e dos consumidores vai resultar numa forte queda do mercado de TI neste ano, que vai ser pior do que a retração causada pelo estouro da bolha da internet em 2001", previu Gordon.
O Gartner avalia que a redução das vendas será mais sentida nos chamados emergentes, enquanto que a redução das atividades de substituição de sistemas será maior nos mercados mais maduros.
O instituto de pesquisas observou que os consumidores vão continuar voltados para produtos de custo mais baixo e investindo mais em manutenção para estender a vida de seus equipamentos, do que na substituição destes.
- Cenário preocupante