Procon divulga o ranking de reclamações no estado de SP

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A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, com a participação de 49 Procons municipais, divulgou o Ranking de 2017, que apresenta as empresas e setores mais reclamados.

O Ranking Estadual contém os 50 fornecedores (empresas ou grupo de empresas) que mais geraram reclamações fundamentadas, ou seja, demandas de consumidores que, não solucionadas em um primeiro atendimento, geraram a abertura de processo administrativo. Ao todo foram registrados 709.424 atendimentos entre consultas, orientações, carta de informações preliminares e reclamações. Destes, 54.780 geraram reclamações fundamentadas.

Destaques

O Grupo Pão de Açúcar (Casas Bahia, Extra e Ponto Frio) passou a liderar o Ranking Estadual, com um total de 4.722 registros, em 2016 já figurava na 2ª colocação. Constata-se número expressivo de reclamações simples – a empresa não cumpre sequer a obrigação de entregar corretamente os produtos vendidos aos consumidores.

Em segundo lugar, com 4.081 registros figura o Grupo Vivo/Telefonica voltando a liderar como a mais reclamada do segmento de telecomunicações. Além de aumentar suas demandas, piorou seu índice de solução de 67% em 2016 para atuais 56%. No interior, o grupo ficou em 1º lugar com 2.140, mais da metade das reclamações registradas.

Apesar de melhorar sua posição, passando a ocupar a 3ª colocação, o Grupo Claro / Net / Embratel (América Movil) piorou seu índice de solução para 70% das demandas contra os 74% do ano anterior. Como ocupava há anos o topo das reclamadas, sempre com os mesmos problemas, em meio a tantas oportunidades latentes, havia perspectiva de significativa melhora, o que infelizmente não se concretizou.

Baixas soluções

O Banco do Brasil despontou no Cadastro Estadual com índice de solução de 34% em 2017, revelando nítida piora em relação à 2016. Além da redução do índice de resolutividade e aumento no número das reclamações, a empresa alterou a sistemática de atendimento, com indicação de canais telefônicos e digitais para alguns consumidores, sem que estes tivessem concordado com tal alteração, havendo ainda redução brusca do número de agências e funcionários, especialmente no interior, situação que refletiu na qualidade de seu atendimento e causou transbordamento das reclamações para os Procons conveniados.

No interior

No interior, um dos grupos que mais causou impacto no Cadastro Estadual foi o Anhanguera / Unopar (Kroton). Enquanto na capital, ocupou a 32ª posição com 102 reclamações, no interior teve 315, somando 417 registros e mantendo a 21ª, mesma de 2016. O cenário é preocupante, na medida em que as reclamações referem-se a descumprimento da oferta, caracterizando flagrantes falhas de informação, tanto na fase pré-contratual, quanto nos pedidos de cancelamentos realizados pelos consumidores. Na modalidade EAD (Ensino a distância), há relatos de problemas no sistema, e muita dificuldade na sua solução, havendo ainda oferta de cursos não reconhecidos pelo MEC.

Também são divulgados os índices de soluções, que servem como parâmetro para os consumidores conhecerem os fornecedores mais reclamados e como eles atendem as demandas de seus clientes.

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