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Por quê você não pode ignorar o blockchain

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Como seria o seu setor econômico ou a cadeia na qual a sua empresa está inserida sem os intermediários e com todas as informações validadas por um ente reconhecido por todos os players do segmento? E se, além disso, você conseguisse garantir segurança simplicidade às transações? Bem-vindo ao mundo dos blockchain, a base das moedas virtuais ou micromoedas, como as bitcoins, que se infiltrará na economia daqui para frente.

Consultores veem tanta oportunidade nessa nova plataforma, que o Gartner estima uma movimentação de US$ 10 bilhões em cinco anos dentro dos ambientes baseados em blockchain. Resumidamente, uma “cadeia de blocos” que sustenta a nova geração de aplicações transacionais, estabelecendo segurança, prestação de contas e transparência, enquanto simplifica e torna eficientes os processos de negócios.

O blockchain define como ocorrerão as transações entre processos e sistemas, eliminando a necessidade de árbitros. Por isso, reduz custos, elimina a necessidade de pessoas, reduzindo, portanto, as chances de falhas, defenderam especialistas reunidos no Forum Blockchain 2017 pela TI Inside nesta terça-feira, 30, em São Paulo.

Segundo eles, ao final das contas, o blockchain, entregará a propriedade da informação ou do recurso a quem de direito. “Você não precisará mais de um banco para guardar o seu dinheiro”, definiu João Canhada,  CEO e co-fundador da Foxbit.

Da mesma forma, Guilherme Rabello, gerente comercial e de inteligência de mercado da InovaInCor – da Fundação Zerbini, ligada ao Hospital das Clínicas de São Paulo -, explicou que o histórico de saúde do paciente ficará sob a sua guarda e não mais sob a tutela de hospitais, clínicas e planos de saúde. “Ao prescrever um tratamento, o médico pode acordar com o paciente algumas terapias e acompanhar se foram seguidas ao longo do período. Não precisará confirmar mais na informação do paciente, porque será possível monitorar a rotina por algum dispositivo wearable e, ao final, bonificar de alguma forma o resultado alcançado, seja com a redução do custo no plano de saúde ou seguro de vida, ou mesmo com um tratamento para um familiar”, ilustrou o executivo.

Quando se tem bases de dados compartilhadas, o blockchain distribui as informações por todos os pontos com segurança e estabelece mecanismos de consenso, nos quais todos os players confiam e participam.

Por exemplo, o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) participou do painel que abriu o evento relatando inúmeras aplicações já identificadas pelo governo federal brasileiro utilizando blockchain. O Decreto de Governança Digital (número 8638, de 15 de janeiro de 2016) abre caminho para a plataforma na esfera pública, porque traz como princípios da governança vários fatores que fazem correlação com o blockchain.

“Serpro criou linha de inovação para propiciar os benefícios que o governo deseja, envolvendo temas como big data, máquinas inteligentes, Internet das Coisas (IOT) e blockchain”, contou Marco Túlio Lima, gerente de Blockchain do Serpro. Sua missão é habilitar o Serpro a prover, em até dois anos, soluções baseadas em blockchain.

Até dezembro deste estará em operação um ambiente de laboratório para prospecção de plataformas de blockchain, informa Lima. O projeto do órgão do governo é identificar soluções de escrituração segura e de baixo custo para minimizar a necessidade de intermediários, aumentar a confiança e diminuir o custo por cada transação do governo.

Um dos consensos do seminário foi que blockchain e IOT caminha juntos podem propiciar a criação de funções essenciais a uma cadeia de suprimentos, como cobrança, faturamento e gerar outras soluções.

Voltando às micromoedas, por exemplo, somente o  bitcoin é um mercado estimado em mais de US$ 78 bilhões, atualizados gradativamente. Mas não apenas isso, o serviço de locação de imóveis Airbnb já tem em uso uma fechadura inteligente, desenvolvida em blockchain, que libera o acesso ao hóspede na entrada e trava a porta ao término do período contratado, tudo isso remotamente.

O engenheiro da IBM, Aécio P.C Binotto, PHD da IBM Research, apontou os benefícios do blockchain. “Processos nos quais a informação demora dias ou horas para se dissipar entre os sistemas, pode ser executada quase que imediatamente com o blockchain”, disse.

Outro benefício é a redução de custos, propiciada principalmente pela eliminação de intermediários que garantam a solidez e integridade da informação. “O blockchain atua como um árbitro da rede, que segue regras de negócios”, completa Binotto, ao apontar também a mitigação de riscos – com conformidade e fraude.

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