O setor de tecnologia da informação (TI) no Rio de Janeiro prevê faturar mais de US$ 25 bilhões neste ano, o que, se confirmado, representará um crescimento de 10% a 11% na comparação com o ano passado, segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj), Benito Paret.
Entre os destaques apontados pelo dirigente sindical estão as áreas de desenvolvimento de software e prestação de serviços. "Esse crescimento é exponencial. E creio que cada vez vai ser maior", disse ele, ao ressaltar que as entidades de TI do Rio de Janeiro têm conseguido manter nos últimos anos um crescimento equivalente ao dobro do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país.
"Nossa expectativa é que isso se mantenha e até aumente", acrescentou Paret. Ele salienta que com o avanço das tecnologias digitais, da convergência e das redes sociais, a TI influencia cada vez mais a vida das pessoas. "E isso, certamente, gera negócios, gera novas empresas e uma atividade cada vez maior. E o Rio Info é uma prova disso."
Na avaliação de Paret, os megaeventos esportivos que ocorrerão no Brasil até 2016 vão contribuir para movimentar a economia, repercutindo de forma positiva no crescimento da demanda por TI. "Tem eventos programados até 2020. Vai ser uma coisa muito importante para o Rio de Janeiro. E com grande impacto na indústria fluminense de software e serviços."
Para o presidente do Seprorj, as oportunidades que se abrem para o setor de TI do estado ganham maior dimensão ainda com as atividades de exploração de petróleo na camada do pré-sal e com o Complexo Petroquímico do estado (Comperj). "Isso vai ser uma grande alavanca para a nossa economia", aavalia.
Já Samuel Pinheiro Guimarães, chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, salientou a importância do setor de TI na transformação das atividades produtivas. Coordenador do projeto de estratégia nacional para 2022, ele assegurou que a prioridade na área de TI é formar mão de obra e capacitar profissionais com o objetivo de reduzir a distância existente em relação aos países mais desenvolvidos. "Para se ter um Estado e empresas mais eficientes, é preciso investir em TI." Guimarães acredita que somente assim o Brasil será mais competitivo nessa área. As informações são da Agência Brasil.
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