Juiz nega pedido de encerramento de ação coletiva contra CEO do Uber movida por passageiros nos EUA

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O CEO do Uber, Travis Kalanick, teve negado na quinta-feira, 31 de março, por um juiz federal o encerramento de uma ação na qual é acusado de formar um esquema para elevar os preços para passageiros que usam o serviço de transporte individual. Na ação, os demandantes alegam que o executivo conspirou com os motoristas para fixar preços do serviço, o que viola a lei antitruste dos Estados Unidos.

O juiz do Tribunal Distrital Federal em Manhattan, Jed Rakoff, disse em seu despacho que Kalanick deve enfrentar as acusações de que conspirou com motoristas para garantir a fixação de preços por meio de um algoritmo do aplicativo, incluindo a possibilidade de "elevação de preços" durante os períodos de alta demanda.

Em um comunicado enviado por e-mail, o Uber disse que não concorda com a decisão. "Essas alegações são injustificadas e não têm base na realidade", diz o comunicado. "Em apenas cinco anos desde a sua fundação, o Uber aumentou a concorrência, os preços baixaram e um serviço melhorou", afirma a nota a qual o The Street Journal teve acesso.

O processo foi movido por passageiros em dezembro ao ano passado, liderados por Spencer Meyer, de Connecticut, em que eles alegam que, em setembro de 2014, motoristas do Uber em New York negociavam tarifas mais elevadas, com a conivência de Kalanick. O Uber, no entanto, não é réu na ação.

"Se não fosse a conivência do sr. Kalanick para a fixação das tarifas praticadas pelos motoristas, haveria uma competição de preços entre eles, o que poderia tornar as tarifas "substancialmente menores", diz a ação.

Meyer visa obter o status de ação coletiva em nome dos passageiros do Uber em todo o país que usaram o aplicativo e uma parte dos passageiros que foram sujeitos ao aumento dos preços. O Uber recebe uma parte da receita que os motoristas geram.

Avaliado em mais de US$ 60 bilhões no mercado, o Uber enfrenta uma série de desafios legais. A ação judicial está prevista para ir a julgamento em junho próximo.

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