Com dois novos distribuidores, Logitech inicia operações no Brasil

A fabricante de acessórios para PCs Logitech anunciou nesta segunda-feira, 2, o início de suas operações no Brasil com a instalação de uma subsidiária, a primeira da companhia suíça no país. O escritório, cuja equipe é formada por dez funcionários, tem como objetivo aproveitar o bom momento econômico do país, principalmente o crescimento do mercado de PCs.

“Possuímos mais de 50% do mercado de mouses e 60% o setor de webcam nos Estados Unidos. Na Europa, os índices também são elevados. São mercados maduros, por isso a empresa está apostando muito nos BRIC (Brasil, Rússica, Índia e China)”, explica o diretor geral da Logitech na América Latina, Flávio Gomes.  Segundo ele, o Brasil representa apenas 10% das vendas latino-americanas da companhia, um percentual muito baixo diante o peso do país na região. 

Por isso, a meta da empresa no Brasil é crescer três dígitos nos próximos anos. Inicialmente, foram contratados dois novos distribuidores, a Coletek e Reistar, para atuar nos segmentos de grandes varejistas e de comércio eletrônico, respectivamente. De acordo com Gomes, há aproximadamente 25 mil pequenas lojas de produtos de informática no país, com importância similar a de grandes redes varejistas para o negócio da Logitech.

Gomes cita dados da IDC, que coloca o Brasil como terceiro maior mercado de PCs, atrás apenas dos Estados Unidos e China. Grande parte desse crescimento é por conta do aumento do poder aquisitivo da população, em especial da classe C, que adquiriu seu primeiro computador. “A Logitech não possui produtos baratos, mas apostamos na experiência do usuário para obter a preferência do consumidor. Fizemos diversas pesquisas de mercado nos últimos meses e detectados que o brasileiro de todas as faixas sociais está disposto a gastar mais por produtos de melhor qualidade e durabilidade”, detalha o executivo. 

Com a subsidiária brasileira, o lançamento de produtos no Brasil se dará simultaneamente ao dos grandes mercados. A primeira fase da operação será concentrada em linhas ligadas ao segmento de música, além de periféricos sem fio e touchscreen. “Ainda segundo dados da IDC, apenas 25% dos usuários brasileiros de computador possuem mouse wireless. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa taxa é de 65%, o que comprova a oportunidade de evolução existe por aqui”, ressalta Gomes.

Conforme a evolução do negócio, Logitech não descarta a instalação de uma fábrica no país, terceirizada ou própria. O executivo revela que estudos serão realizados conforme o volume de vendas e custos de importação, para justificar o investimento de uma planta industrial. Por enquanto, todos os produtos da Logitech serão importados – um centro de distribuição e logística foi instalado no Uruguai para atender o país, com finalidade de evitar atrasos nas entregas.