Gigantes globais digitais ameaçam provedores de serviços móveis

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Gigantes globais digitais não são ameaças entre si, mas às operadoras de serviços móveis. Pesquisa divulgada pela Accenture indica que, caso empresas como Google ou Amazon lançassem uma oferta de telefonia móvel, 44% dos entrevistados trocariam de provedor, o que cria um panorama sombrio para os Prestadores de Serviço de Comunicação (Communications Service Providers – CSPs).

A pesquisa Dinâmica de Consumidores Digitais também indica que a introdução do eSIM é outra ameaça aos CSPs, pois torna a troca entre provedores ainda mais fácil. O estudo identificou que 68% dos consumidores online estariam interessados em adotar um dispositivo com eSIM.

Cinquenta porcento indica como motivo para a troca a facilidade em trocar de provedor , além da agilidade na contratação de planos de chamadas ou dados mais baratos. Além disso, a concorrência aumentará conforme novos competidores forem entrando no mercado, incorporando os eSIMs aos dispositivos no momento da fabricação, ignorando o provedor de conectividade de rede e indo direto ao cliente.

"O mercado de prestação de serviço de comunicação tradicional está se tornando um negócio de commodities, e, como resultado, deve acelerar dramaticamente as mudanças em novos mercados ou a janela de oportunidades irá se fechar," avalia Francesco Venturini, diretor global para a indústria de Mídia e Comunicações da Accenture.

Ecossistema Digital

O troco dos CSPs pode vir da própria base instalada. Uma diferença importante que eles carregam sobre os gigantes digitais é a riqueza de dados disponíveis, pois controlam a plataforma de entrega de ponta-a-ponta por meio de funções de back-office para os dispositivos, e do começo ao fim a partir de aplicativos para a rede.

A realização de uma análise e uso desses dados para seu próprio benefício lhes acarretará a permissão para desbloquear uma ampla gama de novas e inovadoras oportunidades de monetização, otimizando ainda mais a experiência do cliente.

Uma área onde isto pode ser aplicado é dentro do vídeo digital, que está cada vez mais sob demanda e oferece uma enorme oportunidade, não somente para conduzir a nova receita por meio do conteúdo, mas também consideravelmente a partir da publicidade digital. Com 37% dos entrevistados afirmando que migrariam para CSPs os canais de TV paga e 34% os serviços de Vídeo sob Demanda (VoD), a porta está evidentemente aberta para que os CSPs tenham sucesso neste espaço.

A Internet das coisas (IoT) também está criando oportunidades de crescimento para os CSPs oferecerem novos serviços. Enquanto é relativamente cedo, a casa conectada, que gira em torno da comunicação machine-to-machine, oferecendo economia de tempo e custo para os consumidores, está rapidamente se tornando uma realidade. Mas com tantos dispositivos conectados surgindo, os consumidores enfrentam problemas com a interoperabilidade, usabilidade e segurança.

A pesquisa descobriu que conforme os consumidores investem nesta tecnologia conectada, mais da metade (54%) enfrenta desafios. Os problemas incluem: ser muito complicado de usar (14%), dificuldade de se conectar à internet (13%), o set-up não funciona (12%) entre outros, como a falta de personalização, preocupações com privacidade ou suporte ao cliente.

A casa está se tornando um ecossistema conectado e personalizado de serviços, e os CSPs têm uma oportunidade significativa para tornarem-se o único provedor a gerenciar o ecossistema em casa:

• 71% dos consumidores globais online que possuem ou planejam adquirir serviços residenciais conectados escolheriam uma operadora de telecomunicações, se fossem oferecidos a eles;

• Os CSPs foram classificados em segunda posição como os provedores preferidos para educação e aprendizagem, monitoramento doméstico, segurança online e armazenamento para dispositivos e serviços inteligentes;

• 49% dos consumidores escolheriam um PSC para serviços conectados de saúde.

Entre outubro e novembro de 2016, a Accenture realizou uma pesquisa online com aproximadamente 26 mil consumidores, em 26 países: Austrália, Brasil, Canadá, China, República Checa, França, Alemanha, Hungria, Índia, Irlanda, Itália, Japão, México, Holanda, Polônia, Romênia, Arábia Saudita, Singapura, Eslováquia, África do Sul, Espanha, Suécia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.

A amostra em cada país foi representante da população online. As idades dos entrevistados variaram de 14 a 55 anos e acima. A pesquisa e o modelo de dados relacionados quantificam as percepções dos consumidores de dispositivos digitais, conteúdos e serviços, padrões de compra, preferência e confiança em prestadores de serviços e o futuro de seus estilos de vida conectados.

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