O WhatsApp, serviço de mensagens móveis adquirido no ano passado pelo Facebook por US$ 22 bilhões, anunciou que atingiu a marca de 700 milhões de usuários ativos mensais, o que o coloca na liderança do mercado em relação a outros aplicativos semelhantes, incluindo o Facebook Messenger. O Facebook avalia, no entanto, que o app deve crescer muito mais neste ano.
Durante conferência com investidores, o fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que o WhatsApp ainda deve ter uma participação menor que a rede social no bottom line da companhia, mas não até que atinja cerca de 1 bilhão de usuários. Com o anúncio de terça-feira, 6, ele acredita que essa marca pode ser atingida em breve, segundo o USA Today.
De acordo com Zuckerberg, o WhatsApp ganhou 300 milhões de usuários em cerca de um ano, o que é bastante significativo considerando que o Facebook demorou cerca de um ano e meio para subir 400 milhões para 700 milhões de usuários — embora isso tenha ocorrido entre 2010 e 2011, antes da explosão dos smartphones.
Apesar disso, o Facebook revelou que o WhatsApp perdeu cerca de US$ 230 milhões no primeiro semestre do ano passado. Ao contrário do Facebook, que tem a maior parte de sua receita proveniente da publicidade online, a do WhatsApp vem da cobrança de uma taxa de assinatura anual de US$ 0,99, depois do primeiro ano de uso livre pelo usuário.
Além disso, a penetração de aplicativos de mensagens nos EUA não é tão expressiva como em nível internacional, já que os planos de telefonia celular das operadoras do país costumam incluir mensagens de texto ilimitadas. Outro desafio é que, no exterior, o WhatsApp enfrenta um sem-número de concorrentes de peso, tais como o WeChat na China (o maior mercado do mundo em número de usuários), o KakaoTalk na Coreia do Sul, o Line no Japão e, claro, o Snapchat, nos EUA.