Órgão regulador da China diz que alegações de empresas de TI dos EUA são falsas

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O órgão regulador da internet na China disse nesta segunda-feira, 9, que os países devem deixar de fazer alegações falsas e gerir a web juntos. A declaração foi feita pelo ministro da Administração do Ciberespaço da China, Lu Wei, depois que grupos empresariais dos EUA expressaram preocupação de que a nova política de segurança chinesa possa impedir o uso de tecnologia estrangeira no país.

"O ciberespaço é compartilhado por toda a comunidade internacional", ressaltou Wei, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua. Wei também expressou o desejo de que os EUA e a China tratem conjuntamente os problemas de cibersegurança. "Precisamos apoiar uns aos outros, em vez de fazer o trabalho um do outro, e precisamos de respeito mútuo, em vez de fazer ataques ou falsas alegações."

A declaração do ministro surge após a notícia, veiculada na quinta-feira, 5, pelo The New York Times, dando conta que a Câmara de Comércio dos Estados Unidos, representando 17 grupos empresariais, escreveu uma carta ao secretário de Estado americano, John Kerry, e a outros funcionários do governo, pedindo que os EUA intercedam junto ao governo chinês para que flexibilize as novas medidas para compra de produtos e serviços de empresas de tecnologia do país, que têm dificultado a realização de negócios na China.

Em resposta às críticas, o porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, disse em uma coletiva de imprensa na semana passada que o governo "saúda e apoia empresas estrangeiras que queiram expandir seus mercados na China e cooperar com empresas chinesas nas áreas de pesquisa e produção". "A China congratula-se com quaisquer empresas ao redor do mundo que queiram fazer investimento no país, desde que obedeçam as leis chinesas e não prejudiquem os interesses do país e dos consumidores chineses", completou.

Mercado chinês

Se plenamente implementada, a nova política de compras da China terá impacto significativo nas finanças das empresas de tecnologia americanas e ameaçará a capacidade delas de investir em pesquisa e desenvolvimento. A Câmara de Comércio dos EUA estima o mercado chinês para produtos de tecnologia de informação em US$ 465 bilhões.

A relação entre a China e as empresas de tecnologia americanas tem sido tensas desde que vieram à tona as denúncias do ex-analista da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), Edward Snowden, da existência de um programa de espionagem em massa das comunicações do governo em nível internacional, e principalmente depois que o Departamento de Justiça dos EUA indiciou, em maio do ano passado, cinco oficiais do Exército chinês, acusados de roubo de segredos industriais e comerciais dessas empresas.

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