Alta na Nasdaq indica aprovação de investidor a desdobramento de ações da Apple

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O desdobramento das ações (split) realizado pela Apple, que opera na bolsa de tecnologia Nasdaq sob a sigla AAPL, nesta segunda-feira, 9, apresentou resultados melhores que o esperado. Os papéis da fabricante do iPhone e do iPad registraram alta de 1,6% no índice Nasdaq Stock Market, negociados a US$ 93,7, na comparação com os US$ 92,69 na abertura do pregão. No after-hours trading — negociação após o fechamento do pregão ­—, ações subiram um pouco mais, 0,06%, cotadas a US$ 93,76.

O split foi feito na proporção de sete novos papéis para cada um existente. Isso significa que cada acionista da Apple recebeu seis ações adicionais para cada ação que possuía a partir de 2 de junho. Dessa forma, cada ação da companhia passou a valer US$ 92 na abertura do pregão desta segunda, contra US$ 645,57, no encerramento do pregão de sexta-feira, 6. A mudança não afeta, porém, o valor da empresa — que continua a ser a mais valiosa do mundo em capitalização de mercado.

Segundo o CEO Tim Cook, o desmembramento era necessário para aumentar o número de ações em circulação, reduzindo o preço de cada ação, e colocar o preço das ações ao alcance de mais investidores individuais, aumentando potencialmente a demanda para seus papéis. De fato, desde 2009 o preço das ações da Apple não ficava abaixo de US$ 100. Com o desdobramento, a quantidade de papéis em circulação da Apple vai passar de cerca de 861 milhões para cerca de 6 bilhões ações.

Desde que anunciou o plano de desdobramento das ações no fim de abril, o primeiro em nove anos, os papéis da Apple subiram 23%, enquanto o índice Standard & Poors 500 subiu apenas 4%, no período. Além disso, ela expandiu seu programa de recompra de ações de US$ 60 bilhões para US$ 90 bilhões porque, segundo disse Cook à época, os papéis estavam subvalorizados. "Isso deve mostrar o quanto temos confiança no futuro da empresa", disse ele. O CEO calcula que, ao todo, a empresa vai retornar mais de US$ 130 bilhões aos acionistas até o fim de 2015, acima de sua meta inicial de US $100 bilhões.

Para analistas, o bom desempenho com o desdobramento de ações pode ser atribuído também aos resultados trimestrais da empresa, que afastaram as preocupações de que os dias de glória da Apple haviam ficado para trás, em razão da queda nas vendas do iPhone, que responde por mais da metade da receita da companhia.

A Apple registrou lucro de US$ 10,22 bilhões no segundo trimestre do ano fiscal de 2014, encerrado em 29 de março, cifra 7% superior aos US$ 9,55 bilhões obtidos em igual período do exercício fiscal anterior. Os ganhos por ação subiram 15%, para US$ 11,62, ante US$ 10,09 um ano antes. A receita subiu para US$ 45,6 bilhões, contra US$ 43,6 bilhões no mesmo trimestre do ano fiscal passado. Com informações de agências internacionais.

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