No Brasil, 80% das empresas admitem ataques por spyware

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Cinqüenta por cento dos empregados de empresas brasileiras não sabem se visitaram sites com spyware (software espiões), embora 80% dos gerentes de TI admitam que, em algum momento, a estações de trabalho na empresa foram infectadas por esses programas. Esta é uma das constatações a que chegou a pesquisa Web@Work 2005 para América Latina/Ásia-Pacífico feita pela Dynamic Markets, ecomendada pela Websense, fornecedora mundial de soluções de análise e gerenciamento de internet para funcionários.

Ao todo, foram pesquisadas oito regiões sobre o uso da internet no local de trabalho, compreendendo Brasil, Austrália, Chile, China, Colômbia, Hong Kong, Índia e México. O estudo demonstra que, de modo geral, as empresas desses países não têm o nível de proteção necessário para se resguardarem de ameaças da internet.

A grande maioria dos gerentes de TI (92%), por exemplo, acredita que sua empresa está protegida contra spyware e ataques de phishing, modalidade de fraude que usa falsos e-mails e sites clonados de empresas com o propósito de capturar dados confidenciais do usuário, como senhas e número de cartões. Apesar dessa crença, 69% deles relataram que seus funcionários receberam ou devem ter recebido ataques de phishing via e-mail ou mensagens instantâneas em seu PC ou laptop corporativo.

O dado preocupante é que quase um em cada quatro funcionários (23%) declarou que forneceu dados financeiros, pessoais ou confidenciais, tais como senhas da rede corporativa ou número de documentos pessoais como resultado de uma ataque de phishing.

Mas não é somente a questão da segurança que tem tirado o sono dos gerentes de TI. A pesquisa revela também que cerca de um em cada quatro funcionários (24%) pesquisados admitiu ter passado mais de quatro horas por semana na web durante o trabalho com fins pessoais. Mas, pelas contas dos CIOs, a navegação pessoal consumiu mais de 6 horas por semana.

A parte da pesquisa referente ao Brasil, mostra que 52% dos funcionários usam as estações de trabalho para operações de internet banking, 46% para ler notícias e 22% para acessar sites de compras. Apesar de elevado, trata-se de percentuais que se equivalem ? em alguns casos ficam até abaixo ? aos de países como o Estados Unidos e o Chile, por exemplo.

Nos Estados Unidos, 58% dos funcionários disseram realizar operações de internet banking na estação de trabalho, enquanto no Chile 48% revelaram que usam seus computadores para o mesmo fim. A única disparidade é o número de funcionários americanos que lêem notícias na web durante o expediente: apenas 8%.

No Brasil, no entanto, o percentual de funcionários que fazem uso pessoal da internet no horário de trabalho cai drasticamente quando o assunto é pornografia. Somente 4% dos entrevistados admitem ter visitado sites pornográficos, ao contrário dos trabalhadores chilenos (30%), colombianos (18%), mexicanos (18%), australianos (8%) e indianos (6%).

Uma das grandes ironias da pesquisa está no fato de 35% dos funcionários brasileiros terem admitido que abririam mão tranquilamente do cafezinho para manter o acesso pessoal à web no local de trabalho.

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