A fábrica da Foxconn em Yantai, cidade localizada a nordeste da província de Shandong, na China, passa pelo seu segundo escândalo envolvendo más condições de trabalho em menos de um ano. Desta vez, a fabricante chinesa de eletrônicos em regime de terceirização, e principal fornecedora da Apple, admitiu manter estagiários estudantes trabalhando em regime de horas extras e turnos noturnos no local.
De acordo com jornal britânico Financial Times, alunos relataram à mídia local chinesa que milhares de seus colegas trabalham em tarefas básicas como parte de um programa escolar da fábrica, que tem o trabalho como requisito de graduação. "Houve casos em que as nossas políticas relativas a horas extras e trabalho noturno não foram aplicadas. Ações imediatas foram tomadas para que esse campus fique em plena conformidade com o nosso código e políticas", declarou a Foxconn em comunicado obtido pelo jornal.
Sob as políticas da companhia, os estagiários não estão autorizados a fazer hora extra ou trabalhar à noite, com direito de deixar o programa a qualquer momento. No ano passado, a mesma fábrica em Yantai contratou estudantes com menos de 16 anos de idade para participar de seu programa de estágio, violando a lei trabalhista da China.