Ações de fabricantes de chips derrubam índice da Nasdaq em quase 2,5%

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Embora as vendas da indústria de semicondutores tenham batido recorde no terceiro trimestre deste ano, impulsionadas por uma forte produção de eletrônicos para a temporada de festas de fim de ano, a desaceleração da demanda na China derrubou as ações dos fabricantes de chips nesta sexta-feira, 10, e, por conseguinte, o índice Nasdaq 100, que reúne as 100 das maiores companhias que não estão ligadas ao setor financeiro. Na quinta-feira, 9, o NDX 100 já havia caído 2%, ou 90,25 pontos, e nesta sexta desmoronou mais 98,46 pontos, ou 2,48%.

Com a queda desta sexta, o recuo na semana totaliza 4,5%, um dos piores da Nasdaq desde maio de 2012. O que há de errado? Segundo analistas do mercado, além da demanda menor chinesa, os estoques elevados estão gerando uma superoferta de chips, em particular DRAM — chip de memória usado em computadores —, enfraquecendo as vendas.

A maior queda percentual foi da NXP Semiconductors, que projeta todos os tipos de chips para computador, cujas ações caíram 12,4%, para US$ 56,34. Em seguida, aparece a Micron Technology com queda de 9,2% dos papéis, para US$ 27,79, e a Texas Instruments, com recuo de 7,1%, para US$ 42,74. Até mesmo as ações da Intel, que lidera o mercado de chip para computadores pessoais, desabaram 5,1% em um dia, para US$ 31,91 (veja tabela abaixo).

TabelaNasdaq

Outra top-100 da Nasdaq cujas ações despencaram, mas que não produz chips para computadores, é fabricante de carros elétricos Tesla. As ações a empresa caíram 7,8%, para US$ 236,91, depois de ter postergado o anúncio do seu carro autônomo neste mês, conforme esperavam alguns investidores.

Mas não foram apenas as ações das empresas que chips que caíram. Os papéis de gigantes da tecnologia, como Apple, Google, Microsoft e Amazon.com, também sofreram forte baixa, em razão de os investidores estarem mais na defensiva devido ao desempenho dessas companhias. Os papéis da Apple, por exemplo, tiveram queda de 0,3% depois que o megainvestidor e acionista Carl Icahn ter dito que as ações da empresa estão subvalorizadas em 50%.

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