Hitachi Vantara que ampliar atuação no segmento de soluções digitais no Brasil

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Quem ainda tem uma visão de que a Hitachi é uma grande empresa japonesa de infraestrutura e storage deve prestar atenção nas mudanças que ocorreram a partir de setembro de 2017, ocasião da união da Hitachi Consulting com a Vantara, que a colocou no disputado mercado de soluções digitais.

Com a criação da Hitachi Vantara, foi agregado ao seu portfólio a plataforma de Internet das Coisas (IoT) denominada Lumada, voltada a criação de aplicações que consomem grandes volumes de dados; e mais tarde, com aquisição da Rean, em julho de 2018, que agregou uma extensa lista de serviços de implantação, gerenciamento e suporte para nuvem, seja pública, privada ou multicloud.

Para enfatizar esse novo posicionamento estratégico, que batizou de DataOps, a Hitachi Vantara, reuniu cerca de 8 mil clientes, parceiros e colaboradores na conferência NEXT 2019, nesta quarta e quinta-feira, 9 e 10, em Las Vegas, onde apresentou novas soluções ao mercado.

Na América Latina ela contabiliza cerca de mil clientes, 10% de sua base global, região que se destacou como de maior crescimento no ano passado, segundo Sergio Severo, vice-presidente e gerente geral para América Latina, que assumiu o cargo em fevereiro de 2018.

Essa nova visão, segundo ele, pode ser exemplificada no projeto de smart city "Tequila Inteligente", da cidade mexicana com 40 mil habitantes que deu origem a bebida. Cerca de 14 produtores de tequila se reuniram para tornar a cidade um ponto turístico, pois a mesma recebe 500 mil visitantes ao ano em seu centro histórico. "Com um orçamento reduzido, estão sendo implantadas soluções de acessibilidade, gerenciamento de  trânsito, segurança por câmeras, data analytics, etc. O objetivo é promover a sustentabilidade, geração de recursos econômicos para a cidade e sua população e manter sua história", explicou Severo.

Ele destaca que o Brasil é principal país que está recebendo investimentos da matriz na região, formada por escritórios instalados no México, Argentina, Chile, Peru, Equador e Colômbia. "Mesmo com a crise, a Argentina teve crescimento real em dólar", destaca o executivo.

Claudio Tancredi, country manager do Brasil, ressalta que a empresa fez um grande investimento para alcançar cobertura em todas as regiões e na contratação de profissionais, que hoje somam 200 em todas as funções.

Ele diz que tem como desafio crescer as receitas no segmento de digital, que hoje representa 30%, contra 70% dos produtos tradicionais de storage, archive e backup, setor onde ela tem grandes clientes e receita recorrente de serviços e suporte.

"O que buscamos agora é a trilha dos dados, projetos de inovação e cocriação com nossos clientes. Com a área de Consulting e aquisição da Rean, podemos ajudar nossos clientes em projetos de transformação, levando as aplicações legadas para a nuvem, dando suporte e manutenção às mesmas, como for mais conveniente para eles", explica Tancredi.

Como a empresa tem grande experiência na gestão de dados advinda da área de armazenamento, ela pretende cuidar do ciclo de vida dos dados, para que os mesmos sejam monetizados pelos clientes. "Temos parceiros de comunicação, data center e nuvem, como Azure, Google e também AWS.  Podemos migrar as aplicações e monetizar os dados sem estresse para o cliente", enfatiza.

Além de cobertura geográfica, Tancredi promoveu uma reorganização comercial, com a seleção de 20 contas Enterprise, um segmento chamado de SMB, uma área de canais e parcerias tecnológicas, uma de serviços e pós-vendas. Ele almeja para o futuro criar uma equipe de consultoria de negócios, uma vez que a Hitachi Vantara tem seu foco em tecnologia; e também um trabalho de inovação com startups, através do recém criado Hitachi Ventures, um fundo de investimento para promover a inovação.

*O jornalista viajou a Las Vegas a convite da empresa.

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