Um grande reforço à mobilidade corporativa

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Recentemente, a Apple lançou o iOS 7. É a versão mais moderna do sistema operacional móvel existente até o momento, que dispensa o skeumorphism (abordagem de design em que o objeto virtual mimetiza e adquire a aparência, forma visual, funcional e estrutural de um objeto real) e adota a estética da interface de usuário simples e plana. Junto com este lançamento a Apple oficializou seu novo modelo de licenciamento por volume, tornando sua plataforma ainda mais relevante para as companhias, especialmente aquelas com grandes volumes de aplicativos.

As empresas que apoiam o BYOD (do inglês bring your own device, ou traga seu próprio dispositivo) têm enfrentado, por longo período, o problema de manter investimentos na aquisição de grandes volumes de aplicativos. Tecnicamente, sistemas de distribuição móvel de aplicativos, como AppStore e Google Play, operam em um modelo de compra de usuário único. Isto significa que, uma vez que estas plataformas armazenam uma conta de usuário, aplicativos e outros conteúdos baixados ficam vinculados àquela conta de usuário, indiferente a quem realmente paga pelo aplicativo. Então, mesmo que uma companhia esteja pagando pelos aplicativos, estes são, na verdade, de propriedade do usuário.

Os problemas surgem quando o funcionário para quem a companhia comprou aplicativos deixa a organização. Os usuários levam com eles o aplicativo e o investimento financeiro feito pela companhia. Dessa maneira, novos funcionários requisitam novo conjunto de aplicativos e a companhia fica sujeita a custos adicionais para manter o mesmo número de funcionários com aplicativos sob controle.

Com o iOS 7 e as APIs MDM (interfaces de programação de aplicativos), a Apple encontrou uma forma de tratar os aplicativos como software licenciado e não meramente como compra individual. O novo programa da Apple chamado de VPP (volume purchase program, ou programa de compra por volume) adota o modelo convencional de licenciamento de software e o aplica ao aparelho iOS e seus aplicativos. O VPP grava os dados do aplicativo comprado por uma companhia ou organização e não a identificação individual do usuário da Apple. Na verdade, a Apple conseguiu encontrar uma forma de manter a identidade do usuário Apple oculto aos administradores da organização.

Com o auxílio das APIs MDM, os usuários registram seus aparelhos no programa de licenciamento da sua companhia e as elas, então, atribuem aplicativos específicos para determinados usuários. No momento em que os aplicativos são distribuídos aos usuários, eles se tornam parte do histórico de compra do usuário. Isto permite ao usuário instalar o aplicativo em seus diferentes aparelhos desde que eles usem a mesma identidade Apple. Se o usuário deixar a companhia, esta pode usar sua solução MDM para revogar sua licença. Uma vez revogada, a Apple enviará uma notificação ao usuário permitindo-o decidir a ficar com o aplicativo comprando-o por conta própria. A companhia pode, então, atribuir a licença a outro usuário sem ter que comprar uma nova licença.

Mesmo que isto possa não parecer significativo em uma escala de poucas licenças aqui ou ali, para grandes corporações que compram milhares de aplicativos ou enfrentam frequentemente a rotatividade de funcionários, o fato de a companhia poder reatribuir as licenças dos aplicativos, a partir de agora, pode significar uma grande redução de custos e pode ser muito atraente para as empresas.

Vinculando, na API MDM da Apple, as organizações que usam soluções MDM de terceiros também ganham maior eficiência na distribuição e controle mais rigoroso. Dependendo do fornecedor MDM, isto inclui, de forma representativa, a capacidade de monitorar as instalações de aplicativos, controlar o uso do aplicativo, associar custos a departamentos específicos ou pedidos de compras, além de definir cotas por aparelho.

*Idan Hershkovich é gerente de marketing online da Magic Software.

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