Pesquisa global identifica diferenças regionais entre CIOs

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Uma pesquisa global com CIOs feita pelo Gartner revela que os diretores de TI ao redor do mundo podem compartilhar as mesmas preocupações, mas há diferenças consideráveis em suas prioridades. A primeira peculiaridade é que as condições econômicas variam consideravelmente. Por exemplo, em média, os orçamentos globais de TI são nivelados — crescimento de 0,2% de 2013 para 2014, enquanto que os CIOs na América Latina estimam um aumento médio de 7,3%. Isto tem a ver, tipicamente, com as condições macroeconômicas, segundo a consultoria.

"Os resultados da pesquisa mostram claramente que oportunidades e as ameaças digitais permeiam todos os aspectos dos negócios e do governo, a TI e a agenda digital para cada país", diz Dave Aron, vice-presidente do Gartner Fellow. "A forma como as empresas e agências do setor público utilizam as informações e as tecnologias digitais estão cada vez mais entrelaçadas, com seus contextos econômicos, regulatórios e competitivos, bem como com o estado de seus negócios e maturidade digital. Esta é uma função de todos os aspectos de cada negócio tornando-se digital — cada processo, cada funcionário, cada líder empresarial, cada cliente, cada interação, a cada momento. Assim como nossas empresas são únicas, nossas pegadas digitais estão se tornando ainda mais exclusivos."

Para o levantamento, o Gartner ouviu 2.339 CIOs em 77 países, no quarto trimestre de 2013, o que representa mais de US$ 300 bilhões de orçamento. Veja, a seguir, o que pensam e como agem os executivos de TI de cada uma das regiões analisadas:

América Latina — A maioria das empresas da região está confiante de que deve aproveitar as oportunidades da economia digital. Outra tendência relevante é que 25% dos gastos com TI estão fora do orçamento de TI (26% globalmente). Para o Brasil, que chegou a 34%, isso significa que as áreas de negócios estão cada vez mais na condução decisões orçamentárias, associadas a seus produtos e suporte de TI relacionados.

A pesquisa também revela a crescente confiança digital entre os CIOs da região. Apesar disso, 42% dos diretores de TI dizem não possuir habilidades e capacidades de TI para enfrentar os desafios digitais na América Latina, e 26% das empresas acham que não estão prontas para "domar o dragão digital".

América do Norte — CIOs da América do Norte relatam um aumento do orçamento de TI de 1,8% neste ano. Isso significa que os diretores de TI americanos podem ter mais espaço de manobra do que seus concorrentes na região da EMEA, onde o orçamento médio de TI é de 2,4%.

O estudo constatou que 62% dos CIOs na América do Norte estão esperando para mudar de tecnologia e terceirizar suas estratégias nos próximos dois a três anos. No entanto, esta é a percentagem mais baixa em qualquer uma das principais áreas geográficas. Por exemplo, 82% dos CIOs na China esperam mudar sua tecnologia e que a terceirização abordagem nos próximos dois a três anos.

"Na America do Norte é preciso ter cuidado para não se tornar complacente, especialmente para garantir que há inovação suficiente", disse Aron.

Ásia — Já os CIOs na China revelam um foco maior de negócios na inovação, e um aumento de orçamento de TI significativo de 13% neste ano, muito acima da média global de 0,2%. No entanto, pelo menos 45% dos gastos com TI estão fora das organizações de TI, na comparação com a média global de 26%. A China parece otimista com a era digital e de nuvem, com 39% dos entrevistados, de empresas na China que identificam um líder digital de nível C (como um diretor digital (CDO)) em seus negócios, contra 7% em nível mundial.

Sessenta e um por cento dos CIOs chineses relatam que têm feito um investimento significativo na nuvem pública, contra 25% em nível mundial.

Reino Unido e Irlanda — Globalmente, 25% dos CIOs já fizeram investimentos significativos em nuvem. Para a Irlanda e Reino Unido, o movimento em direção a nuvem é ainda mais agressivo do que a média global. No Reino Unido, por exemplo, 28% dos CIOs já realizaram investimentos significativos em nuvem.

Sessenta e cinco por cento dos CIOs do Reino Unido e na Irlanda esperam aumentar a sua terceirização de TI no futuro próximo. O desejo de cortar custos é tradicionalmente uma das principais razões por trás dessa mudança de estratégia de sourcing. No entanto, há também um desejo crescente para alcançar a agilidade também através de parcerias com prestadores de serviços externos.

"Com 78%, os CIOs esperam mudar a abordagem de abastecimento nos próximos dois a três anos, um novo conjunto de recursos será necessário", disse Aron. "Os CIOs devem ser capazes de parceria com uma ampla gama de fornecedores de TI, não só os grandes fornecedores, e ir além de contratos de TI que limitam sua capacidade de inovar e adaptar-se em resposta à mudança de expectativas de negócios.

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