Setor de petróleo e gás deve ser precursor do big data no Brasil, prevê executivo

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Apesar da expansão sem precedentes do universo digital, devido às enormes quantidades de dados gerados diariamente, apenas 0,5% desses dados no mundo está sendo analisado. Isto é que o aponta o estudo “Big Data, Maiores Sombras Digitais e Maior Crescimento no Extremo Oriente”, realizado pela IDC, exclusivamente para a EMC, fabricante de software e equipamentos para armazenamento de dados.

O relatório da consultoria observa que a proliferação de dispositivos, como PCs e smartphones em todo o mundo, o aumento do acesso à internet nos mercados emergentes e o aumento em dados de máquinas, tais como câmeras de vigilância ou medidores inteligentes, têm contribuído para a duplicação do universo digital nos últimos dois anos — para um montante de 2,8 zetabytes. A IDC projeta, porém, que o universo digital chegará a 40 zetabytes em 2020, valor que excede cerca de 14% as previsões anteriores.

O estudo alerta que grande quantidade de dados úteis está se perdendo. Segundo a IDC, a promessa do big data está dentro da extração de valor de grandes e inexplorados volumes de dados. No entanto, a maioria dos novos dados é largamente baseada em arquivos não marcados e em dados não estruturados, o que significa que pouco se sabe sobre o assunto. Neste ano, 23% (643 exabytes) do universo digital seria útil para o big data, se marcados e analisados. No entanto, atualmente apenas 3% dos dados potencialmente úteis estão marcados, e menos ainda são analisados.

Apesar desse cenário, o presidente da EMC Brasil, Carlos Cunha, avalia que as empresas, inclusive as brasileiras, estão começando a despertar para a importância do valor dos dados. Ele reconhece que a análise de big data ainda é incipiente no Brasil, mas observa que, aos poucos, as corporações estão começando a trazer a tecnologia “para dentro de casa”.  “No Brasil, as companhias ainda dão prioridade à velocidade de acesso aos dados, mas isso deve mudar gradualmente.”

Na avaliação de Cunha, as verticais de mercado que deverão funcionar como early adopters no país — ou seja, que sairão na frente na adoção das tecnologias de big data — serão, pela ordem, o setor de petróleo e gás, financeiro e o setor de varejo. Entre outras razões para o avanço do big data no setor de petróleo e gás, ele cita a necessidade de padrões de análise de dados que permitam extrair informações relevantes e fazer predições para exploração da camada pré sal, em águas profundas do oceano, onde acredita-se exsitam os maiores reservatórios petrolíferos do país.

Menos proteção

Outro aspecto apontado pelo relatório é que grande parte do universo digital está desprotegida. A quantidade de dados que requer proteção está crescendo mais rápido do que o próprio universo digital. A IDC constatou que menos de um terço do universo digital teve proteção de dados em 2010, mas essa proporção deverá ultrapassar 40% em 2020.

Neste ano, enquanto cerca de 35% da informação no universo digital exigiu algum tipo de proteção de dados, menos de 20% do universo digital está protegido.  O nível de proteção varia conforme a região, com muito menos proteção nos mercados emergentes. Desafios como ameaças avançadas, as brechas nas habilidades de segurança e falta de aderência para garantir melhores práticas de segurança entre os consumidores e as empresas continuarão a agravar o problema.

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