Nova profissão surge revigorada pelo big data

2

O conceito de big data não é novidade para o mercado. Porém, os benefícios e as possibilidades de utilização nem sempre são conhecidas e aplicadas. Sendo assim, é preciso entender que o simples agrupamento de um grande volume de informações não garante sua total aplicabilidade.

Algumas empresas desconhecem o real potencial de utilização e os ganhos do uso analítico do big data — conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais em volume, variedade e velocidade inéditos até então. Na prática, a tecnologia permite analisar qualquer tipo de informação digital em tempo real, sendo fundamental para a tomada de decisões, além de permitir entender melhor o comportamento dos clientes, explorar dados internos, criar eficiência, transparência, competitividade e inovação na empresa. O grande ganho se dá pela visão analítica ou predição, que a partir de insights extrai valor com base no conjunto de dados disponível.

Ter um grande volume de informações não significa nada se não houver uma equipe qualificada de olho na estratégia de negócio e capaz de explorar o potencial da tecnologia, modelos matemáticos, estatística aplicada e governança de dados que fará a diferença. A geração de valor a partir da análise de dados exige uma série de competências como, por exemplo, a preparação e integração dos dados, o desenho de arquitetura de ambientes computacionais e banco de dados especializados e a mineração de dados e algoritmos inteligentes. Em razão disso, surge um novo profissional: o cientista de dados.

O foco desse profissional está no gerenciamento de dados (busca entender, integrar, manipular, qualificar e preparar os dados), na modelagem analítica (por meio de conhecimentos analíticos de algoritmos e técnicas de mineração, interpretação de dados e na elaboração de diagnósticos/insights, que atendem aos requisitos de negócios) e nos objetivos do negócio (direcionador das estratégias, metas e restrições, tomadas de decisão, acompanhamento e comunicação dos resultados).

Além da importante atuação do cientista de dados frente às estratégias das empresas, também podemos mensurar sua relevância quando, em fevereiro deste ano, Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, anunciou a contratação do primeiro cientista-chefe de dados em um governo de estado. Este fato demonstra a importância deste profissional e do big data para o mundo de hoje e dos próximos anos.

A demanda por esses profissionais é maior do que a disponibilidade deles no mercado. De acordo com o instituto de pesquisas Gartner, a procura por cientista de dados é crescente e a ampliação das iniciativas de big data demandará cerca de 4,4 milhões de especialistas no segmento em todo o mundo ainda este ano. Por isso, as empresas têm procurado capacitar seus profissionais a fim de torná-los "cientistas de dados" e obter mais competitividade.  Interessados em adequar-se a essa nova oportunidade do mercado, devem buscar qualificação em cursos de especialização em big data.

Prepare-se! O setor de tecnologia da informação não para e, em breve, outras novas profissões certamente surgirão.

*Edson França é coordenador do curso de banco de dados da BandTec.

2 COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.