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Ex-engenheiro do iTunes admite existência de projeto da Apple para bloquear concorrentes

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Um ex-engenheiro do iTunes, a loja de conteúdos multimídia da Apple,  ouvido como testemunha no julgamento de uma ação antitruste contra a empresa, realizado na semana passada em um tribunal dos EUA, admitiu ter trabalhado em um projeto que se “destinava a bloquear 100% dos não clientes do iTunes” e “impedir a entrada de players concorrentes”, que competiam com o iPod.

No processo, que já dura mais de uma década, o grupo de defesa do consumidor que propôs a ação alega que, entre 2007 e 2009, a empresa apagou propositalmente de iPods músicas compradas por meio de serviços concorrentes.

O grupo pediu a intimação do engenheiro Rod Schultz para mostrar que a Apple suprimiu do iTunes e de iPods músicas de rivais. Além disso, segundo o advogado Patrick Coughlin, que representa o grupo de defesa do consumidor, a empresa elevou os preços dos iPods entre 2006 e 2009. O grupo está pedindo na ação US$ 350 milhões por perdas e danos, o que pode triplicar caso fique provado que a Apple violou a lei antitruste.

Em seu testemunho Schultz disse que “eu não queria estar falando sobre” seu trabalho no iTunes, onde ficou de 2006 a 2007, parte do período no qual participou do projeto cujo nome código era “Candy”. O advogado dos autores da ação apresentou um documento acadêmico 2012 de Schultz no qual ele cita a existência de “uma guerra secreta” da Apple contra hackers do iTunes. O texto diz que a “Apple estava bloqueando a maioria dos downloads de música para os seus dispositivos”. A juíza do caso, Yvonne Gonzalez Rogers, não acatou o documento como prova, segundo o The Wall Street Journal.

Schultz foi a última testemunha do caso, que está sendo julgado no Tribunal Distrital de Oakland, na Califórnia. Em seu testemunho o engenheiro também deu uma visão sobre como a música digital evoluiu desde meados dos anos 2000, quando o cofundador da Apple, Steve Jobs, e outros executivos, aperfeiçoaram a tecnologia e foram moldando o mercado.

A Apple alega — e Schultz concordou no tribunal, na sexta-feira, 12 — que realizou muitas melhorias no iTunes, não com o propósito de isolar e sufocar a concorrência. A empresa disse que as medidas de segurança, na quais o engenheiro trabalhou, foram projetadas para proteger seus sistemas e os usuários.

A juíza disse que pretende enviar o caso para o júri para as deliberações finais no início da próxima semana.

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