Oracle encerra quarto trimestre fiscal com forte queda no lucro e receita, e ações desabam 6,5%

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A Oracle divulgou nesta quarta-feira, 17, os resultados financeiros do quarto trimestre e do ano fiscal de 2015, encerrado em 31 de maio, com queda nas vendas maior do que o esperado e previsões de lucro abaixo das estimativas dos analistas. Ela atribuiu o mau desempenho ao déficit na maioria das operações no exterior, gerado em razão do dólar forte, que se valorizou em relação as principais moedas mundiais.

O lucro da fabricante de software no quarto trimestre fiscal totalizou US$ 2,75 bilhões, o que representa uma queda de 24% na comparação com os US$ 3,64 bilhões registrados em igual período do exercício fiscal anterior. A receita contabilizou US$ 10,7 bilhões, declínio de 5% em relação aos US$ 11,3 bilhões registrados um ano antes.

A queda da receita no trimestre foi puxada pelo forte recuo nas vendas de novas licenças de software, que desabaram 17%, de US$ 3,76 bilhões para US$ 3,13 bilhões, na comparação trimestral anual. A boa notícia é que as vendas de software como serviço (SaaS) e plataforma como serviço (PaaS), e infraestrutura como serviço (IaaS) registraram forte crescimento, de 29% e 25%, respectivamente.

Em todo o ano fiscal, o lucro caiu 9%, de US$ 10,9 bilhões, um ano antes, para US$ 9,93 bilhões, enquanto a receita ficou estável: US$ 38,22 bilhões contra US$ 38,27 bilhões contabilizados no ano fiscal de 2014. Novamente, a queda na receita foi puxada pelas novas licenças de software, que recuaram 9%. Já as ofertas na nuvem (SaaS, PaaS e IaaS) tiveram crescimento expressivo, de 32% e 33%, respectivamente.

Um tanto irritado, o CEO da Oracle, Larry Ellison, justificou durante conferência com analistas que a receita da empresa refletiu a adoção pelos clientes de serviços em nuvem em relação aos produtos tradicionais (on premises) que são pagos antecipadamente e instalados em computadores corporativos. O efeito dessa mudança, segundo ele, é que receita de software seja distribuída em períodos mais longos do que era típico, e cai no curto prazo.

A coCEO Safra Catz repreendeu os analistas que indagaram por que a empresa não se concentrou nas vendas de licenças de software tradicionais. "Nossos clientes estão focados na nuvem, bem como nossa força de vendas", disse ela. "E estamos realizando essa conversão rapidamente."

As ações da Oracle caíram cerca de 6,5% no encerramento do pregão nesta quarta-feira, depois de ganhar US$ 0,27, negociadas a US$ 44,91, por volta das 17h (no horário de Brasília), na Bolsa de Nova York. O preço das ações da fabricante de software neste ano tem sido mais ou menos flat, mas de baixo desempenho nos principais índices de mercado.

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