Mercado de celulares apresenta queda das vendas mas aumento de receita

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Nos primeiros três meses de 2019, foram vendidos 10,7 milhões de smartphones, o que representa uma queda de 6% em relação ao mesmo período em 2018, movimentando R$ 13,6 milhões – 8% a mais do que há um ano. O dado é do estudo trimestral da IDC Brasil, que aponta tendência dos trimestres anteriores, com queda no volume de vendas, mas aumento na receita.

A retração nas vendas foi menor do que o projetado para o período no final do ano passado – a previsão era de uma redução de 11%, de acordo com a IDC. A chegada de novos produtos ao mercado é uma das razões para esse resultado menos negativo, enquanto o aumento do ticket médio e da demanda por aparelhos com especificações mais robustas explica o crescimento da receita.

Em nível global, o mercado apresenta retração tanto em volume como em receita. No primeiro trimestre, foram vendidas 312 milhões de unidades, 5,9% menos do que em 2018, e a receita foi de US$ 105 bilhões, 12,1% menor.

As vendas de smartphones com preço entre R$ 1.200 e R$ 1.699 cresceram 320% no primeiro trimestre de 2019, correspondendo a 18% de participação de mercado. Na faixa de equipamentos de R$ 1.700 e R$ 2.499, foram 247% maiores do que no mesmo período em 2018, chegando a 7% de participação.

Nas demais faixas de preço, houve queda em comparação ao primeiro trimestre de 2018 – os smartphones de preço abaixo de R$ 499 tiveram 5% de share (variação de -11%), entre R$ 500 e R$ 799, 20% (-28%), de R$ 800 a R$ 1199, 44% das vendas – ainda a maior fatia, mas 24% a menos do que há um ano. A faixa mais alta, de equipamentos acima de R$ 2500, respondeu por 7% das vendas, com queda de 25%.

Já as vendas de feature phones se mantiveram estáveis, com 701 mil unidades nos primeiros três meses do ano, o equivalente a 6,5% do mercado mobile em unidades – alta de 0,1% na comparação com o mesmo período de 2018. Porém, ao contrário do que ocorre no mercado de smartphones, a receita (R$ 76.726) foi menor do que no ano passado, devido à redução do ticket médio, que foi de R$109, o equivalente a -2,9%.

A demanda por feature phones é pequena, e se concentra em áreas mais remotas ou rurais onde o uso é predominantemente do telefone em si, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, diz a consultoria. A previsão é que as vendas de feature phones cresça 0,4% neste ano, chegando a 2,6 milhões de unidades.

Para os smartphones, a previsão é que sejam vendidas 43,38 milhões de unidades até o final do ano, 2,4% menos do que em 2018, mas o valor movimentado deve crescer 12%, chegando a R$ 59,6 bilhões, graças a novos lançamentos e novas marcas entrando no mercado. Esses números são melhores do que os projetados inicialmente pela IDC, que no final do ano passado estimava uma queda de 4,3% em unidades e um crescimento de 7% na receita.

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