Catarinense Chipus cresce no disputado mercado de semicondutores

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Criada em 2009,  a catarinense  Chipus Microeletrônica  espera faturar R$ 8 milhões até o final de 2017, quatro vezes mais que o valor alcançado até 2016, devido principalmente  ao processo de internacionalização que a consolidou no mercado.

Os projetos para semicondutores desenvolvidos pela empresa  são usados para aplicação na indústria 4.0, compreendendo elétrica, itens eletrônicos (desde smartphones até eletrodomésticos conectados – IoT), maquinário de produção que depende de semicondutores para funcionamento, iluminação pública, etc.

Ela é uma design house brasileira especializada em projetos de chips de baixo consumo energético,capital 100% nacional, com sede em Florianópolis,  sua carteira é composta por clientes da Ásia, Europa e Estados Unidos, para onde exporta os projetos customizados de semicondutores.

Mercado de longo prazo

De acordo com a Sociedade Brasileira de Microeletrônica, um ecossistema de semicondutores pode levar até 30 anos para amadurecer. Desde 2006, momento em que foi criado o CI-Brasil, o Governo Federal estimula a qualificação e aperfeiçoamento de profissionais para atuar neste segmento, cuja concentração é localizada em universidades públicas brasileiras.

Ainda de acordo com a entidade, o retorno do investimento para empresas que atuam no segmento é longo, já que a indústria brasileira que consome esse tipo de insumo importa cerca de 90% para a produção de produtos que precisam dos chips para seu funcionamento. A Chipus, nesse caso, é uma exceção.

Murilo Pessatti, CEO e um dos fundadores da Chipus, enfatiza que uma das vantagens para a indústria em utilizar chips desenhados de forma personalizada é considerar as necessidades do negócio, ao invés de adquirirem os pré-fabricados. "As empresas brasileiras logo vão entender a importância de ter chips desenhados especificamente para seus produtos", afirma.

Sobre a Chipus

Em 2009 a Chipus Microeletrônica passou a integrar o MIDI Tecnológico, incubadora mantida pelo SEBRAE/SC e gerida pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), onde esteve por aproximadamente três anos. Com uma carteira composta por dez clientes internacionais, cujo portfólio reúne mais de 200 IPs (blocos de circuitos integrados que podem ser licenciados para serem incorporados em chips mais complexos), recebeu inicialmente apoio financeiro de investidores-anjo, além de subsídios importantes provenientes de editais do CNPq/MCTI, principalmente do Programa CI-Brasil, da FAPESC e FINEP. Em 2016, foi uma das contempladas pelo Fundo Criatec 2/BNDES.

No mesmo ano ganhou o primeiro lugar na categoria "Empresa inovadora de micro ou pequeno porte" no Prêmio Stemmer de Inovação Catarinense, promovido pela FAPESC. Possui um escritório em Brasília e representantes em São Paulo e na Europa.

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