Resultado trimestral da IBM volta a decepcionar, mas empresa fecha 2015 com crescimento no lucro

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A IBM divulgou nesta terça-feira, os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre e a todo ano de 2015, depois do fechamento dos mercados. A companhia encerrou o ano passado com lucro líquido de US$ 13,1 bilhões, cifra cerca de 10% superior aos US$ 12 bilhões contabilizados em 2014. A receita, por sua vez, teve queda de 12%, totalizando US$ 81,7 bilhões, ante US$ 92,7 bilhões na mesma comparação.

Entre os segmentos de negócio, a unidade de hardware (que engloba os servidores zSystems, sistemas de storage e de energia) foi a que registrou o maior recuo, de 24,2%, contabilizando US$ 7,5 bilhões de receita no ano. Os serviços de tecnologia também caíram, 9,7%, para US$ 32 bilhões, enquanto a unidade de serviços profissionais teve declínio 12%, para US$ 17,1 bilhões. Por fim, a área de software ( que inclui o WebSphere, Tivoli, Rational, etc.) retraiu 9,8%, totalizando US$ 22,9 bilhões.

No quarto trimestre de 2015, a queda no lucro da IBM foi maior ainda, de 18,6%, para US$ 4,4 bilhões, contra US$ 5,4 bilhões apurados no mesmo período do ano anterior. Já a receita contabilizou US$ 22 bilhões, o que representa queda de 8,5% em relação aos US$ 24,1 bilhões.

De modo geral, os resultados da IBM continuam a decepcionar. A empresa havia se comprometido a retornar ganhos de US$ 20 por ação em 2015, mas os segmentos de software, hardware e serviços tiveram um desempenho muito ruim. A última revisão feita pela IBM previa ganhos entre US$ 14,75 e US$ 15,75 por ação, mas o balanço fechou em US$ 13,42, embora tenha ficado 13% acima de 2014, cujo ganho ficou em US$ 11,90.

Big desafio para a Big Blue

A IBM está apostando seu futuro em uma nova geração de computação em nuvem, produtos, serviços de segurança, análise de dados e software para dispositivos móveis. Para retomar o crescimento, ela precisa que essas novas linhas de negócios cresçam rapidamente para fazer frente ao encolhimento dos negócios legados. Entretanto, os desafios que ela tem enfrentado não têm sido fáceis.

A empresa de computação em nuvem AWS da Amazon, por exemplo, registrou crescimento de 78% durante seu trimestre mais recente, lançando uma sombra sobre empresas como a IBM. O portfólio de serviços da AWS tem sido uma ameaça não só as próprias ofertas de serviços da IBM, mas também para seus negócios de hardware e software. Isso poderia colocar 40% dos negócios da IBM sob ameaça, de acordo com o Credit Suisse. "A nuvem está ficando mais real", disseram analistas da empresa em um relatório recente.

Os resultados financeiros da IBM não foram bem recebidos por Wall Street. Logo após a divulgação do balanço nesta terça-feira, as ações da empresa no after-hours trading, negociação após o fechamento da Nasdaq, foram negociadas a US$ 123,08, queda de 5,34%.

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