Zenvia planeja abrir capital na Bovespa até 2020, revela CEO

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A Zenvia, empresa brasileira de serviços móveis, planeja realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) até 2020, com as ações listadas na Bovespa, dentro das regras de listagem do Novo Mercado. Até hoje, nenhuma empresa brasileira do mercado de conteúdo móvel abriu capital, logo a Zenvia pode ser a primeira, o que seria um marco para esse setor no país.

A possibilidade do IPO foi um dos fatores que motivou o BNDES Participações (BNDESpar), braço de investimentos do BNDES, a investir na empresa no ano passado, em conjunto com a DLM Invista, em um aporte de R$ 71 milhões.

"É uma janela longa e depende das condições de mercado. Estamos crescendo independentemente disso", ressalta o CEO da Zenvia e um dos fundadores da companhia, Cassio Bobsin. A empresa registrou receita de R$ 154 milhões em 2014 e espera crescer 80% este ano, o que daria um faturamento aproximado de R$ 275 milhões.

Enquanto a abertura de capital não acontece, a Zenvia pretende seguir expandindo suas operações por meio de aquisições. Este ano a empresa comprou a Vivera, unidade de serviços de valor adicionado (SVA) da concorrente Spring Mobile Solutions. Outras aquisições de menor porte ainda podem acontecer neste ano, ainda de acordo com Bobsin. "Queremos não apenas crescimento de mercado, mas ampliação da oferta. Buscamos soluções que possam ajudar nossos clientes de mensagens móveis, soluções que sejam complementares ao SMS corporativo", explica.

A Zenvia também avalia a possibilidade de passar por uma nova rodada de investimento antes de abrir capital. E até mesmo iniciar operações fora do Brasil, preferencialmente na América Latina, o que aconteceria por meio de alguma aquisição. Contudo, não há nada encaminhado nesse sentido, por enquanto. "Pensamos em expansão internacional, sim, mas não no curto prazo", esclarece.

A companhia tem hoje 180 colaboradores e escritórios em Porto Alegre e em São Paulo. A integração do time herdado da Vivera foi concluída rapidamente, em apenas quatro semanas. O próximo passo agora é a integração dos processos das duas empresas, o que deve acontecer dentro de 60 a 120 dias.

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