Sucesso do mobile payment depende de cooperação de todos, apontam empresas

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Uma das principais barreiras para o sucesso do mobile payment no Brasil é a falta de um modelo de negócio e de colaboração entre os elos da cadeia, ou seja, entre bancos, operadoras e redes de cartões, que ainda não chegaram a um consenso sobre quem vai pagar a conta dos serviços de dados e SMS, as formas mais comuns de se realizar o mobile payment, utilizados pelos estabelecimentos e clientes na hora do pagamento da conta.

"Cooperação é o nome do jogo. Temos que pensar em iniciativas que atendam os interesses de todos", afirmou Emerson Duran, diretor de pagamentos da Redecard, durante o 1º Forum Mobile+: Mobilidade + Negócios, que acontece até esta quinta-feira, 23, em São Paulo. O evento é promovido pelas revistas TI INSIDE e TELETIME.

De acordo com Massayuki Fujimoto, superintende de marketing de internet Banco Santander, as conversas estão seguindo a um bom passo e é possível que se chegue a um acordo já no ano que vem. "O cenário está começando a se concretizar e ficará muito forte entre o fim deste ano e o início de 2009. Os novos players inicialmente não tinham a visão da complexidade deste sistema, e agora começam a entendê-lo", analisou o executivo.

Dessa forma, alguns projetos de mobile payment devem ser lançados entre e o fim deste ano e o início do ano que vem. Os executivos apontam que este ano foi voltado para projetos pilotos, os quais apresentaram bons resultados. "A partir do ano que vem veremos soluções bastante interessantes", comentou Fujimoto.

"Já tenho contrato assinado com todas as operadoras, e acredito que elas devem lançar algo em 2009", disse Raul Pavão, diretor de marketing da Evermobile, integradora que atua nesse segmento. A empresa participa do projeto de mobile payment desenvolvido pela a Claro com o Banrisul, na região Sul do país. Além destes, a Oi, com o Oi Paggo, a Visa, com o Visa Pay, também têm projetos de mobile payment.

Apesar de entenderem que para o m-payment atingir a maturidade e a massificação será necessária a definição de um modelo-padrão para todas as empresas e estabelecimentos, a indefinição na escolha do modelo de negócio fará com que, neste início, sejam lançados diversos modelos diferentes. "No começo eles vão coexistir, até o momento que convergirão para um modelo padrão lá na frente", comentou Duran, ressaltando que a Redecard tem projetos pilotos com alguns emissores e lançará no ano que vem serviços de mobile payment.

A solução é apontada como interessante por todas as empresas. Na visão das administradoras de cartões é significativa porque com esse serviço aumentam a penetração dos usuários de suas soluções de pagamento. Em relação aos bancos, é importante por elevar o número de pessoas que serão "bancarizadas". Já para as operadora é uma saída para os problemas de redução de receita média mensal por usuário (Arpu) e aumento do churn (perda de clientes) que elas vêm atravessando nos últimos meses, já que com as soluções de mobile payment teriam novas formas de elevar as receitas com dados e SMS, além de ter no serviço uma forma de fidelizar o cliente.

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