O Nasdaq Composite, principal índice da bolsa eletrônica que avalia o desempenho médio das empresas de TI, telecomunicações e biotecnologia, registrou alta intraday de 4.957,02 pontos na sexta-feira, 20, e impulsionou os índices S&P 500, que registrou volume intraday de 2.110,61 pontos, e o Dow Jones Industrial Average fechou com nível recorde, depois de registrar alta intraday de 18.144,29 pontos.
Apesar de o peso das ações de tecnologia agora ser de apenas 3,6% quando comparadas com o pico de 5.132 pontos obtido durante a "bolha tecnológica", em março de 2000, analistas ouvidos pela Forbes acreditam que o Nasdaq Composite poderá atingir um nível arriscado de 5.245, pontos, em março, no final do primeiro trimestre. Segundo eles, há muitas ações de tecnologia e de internet, que não tiveram uma oferta pública no ano 2000 e que podem ajudar a inflar a nova bolha tecnológica de 2015.
Para esses analistas, três empresas de tecnologia que podem fornecer combustível para inflar essa bolha, e que agora compõem também o índice Dow Jones 30, são a Cisco Systems, que está 176% abaixo do pico da bolha há 15 anos, com preço médio das ações a US$ 82, Intel, com 120% abaixo do pico da bolha, a US$ 75,81, e Microsoft, com apenas 37% abaixo do pico da bolha, a US$ 59,96. As ações da IBM, que não está na Nasdaq, encerraram o pregão de sexta-feira negociadas a US$ 163,65, cifra 17,5% acima do seu pico durante a bolha, que foi de US$ 139,18, em julho de 1999.
O gráfico mensal abaixo do Nasdaq Composite (4.956 pontos) mostra claramente que a "bolha tecnológica" começou a inflar em novembro de 1990, a partir do 120º mês (linha verde). O movimento parabólico que sempre precede uma bolha começou em outubro de 1998. Após o seu estourou, o prazo de estabilização foi superado várias vezes entre setembro de 2001 e julho de 2010, quando a "bolha tecnológica de 2015" começou a inflar.