McKinsey diz que indústria automotiva crescerá 2% ao ano com carros autônomos e elétricos

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A inovação tecnológica, aliada à mudança no comportamento dos consumidores, levarão ao surgimento de novas fontes de receita para o setor automotivo nos próximos 15 anos. Estudo da McKinsey & Company mostra que as categorias de empresa que surgirão para suprir demandas em áreas praticamente inexistentes movimentarão US$ 1,5 trilhão até 2030 — o que elevará os ganhos de toda a cadeia automotiva em 30%.

O uso compartilhado de veículos sustentará o crescimento da indústria, a uma taxa de 2% até 2030, mais do que compensando as quedas esperadas nas vendas de automóveis. O estudo "Automotive revolution – Perspective towards 2030 – How the convergence of disruptive technology-driven trends could transform the auto industry" mostra que, até lá, um em cada dez carros vendidos serão para uso compartilhado e 15% deles serão de condução autônoma.

Além da mobilidade compartilhada, a eletrificação, a conectividade, os serviços via aplicativos e o upgrade de sistemas originais dos veículos se tornarão fontes de receita em potencial para empresas que já integram a cadeia automotiva e novas entrantes.

Outro destaque será a mudança na relação entre empresas nativas do setor e recém-chegadas, passando de competidores para parceiros na oferta de soluções alternativas.

Empresas que encarem a mobilidade como serviço ampliarão a indústria voltada ao transporte individual e forçarão as mudanças de um setor há muito estagnado em termos de expansão. Nos últimos 15 anos, apenas duas novas fabricantes de carro entraram na lista das 15 maiores do mundo, enquanto, no mesmo período, dez operadores de serviços eletrônicos chegaram ao topo de seu mercado.

As tradicionais montadoras serão obrigadas a dividir receitas com modelos completamente diferentes, como os de caronas e carros compartilhados e os de "acenos virtuais", disputando espaço até com gigantes de tecnologia. O cenário, ainda que difícil, trará seus benefícios: o crescimento da receita com mobilidade individual vai acelerar a partir de 2030. O desafio será navegar num ambiente muito mais pulverizado.

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