A Serasa Experian, empresa de análises e informações para decisões de crédito e apoio a negócios, decidiu construir uma plataforma centralizada para apoiar os processos da operação de dados negativos da empresa denominada internamente de Concentrel. A operação é regulamentada por requisitos legais e inclui a recepção de documentos, captura de dados, análise e execução de atividades, como ordens judiciais.
Para apoiar este processo, a Serasa escolheu a GFT, que implementou a ferramenta Kofax Total Agility (KTA) de BPM (Business Process Management), tornando o processo flexível e gerenciado, o que possibilita executar automaticamente a captura, digitalização, transformação e consumo de dados.
O projeto substituiu os antigos e desatualizados sistemas conectados por um grande número de integrações, e que geravam instabilidades e elevado número de incidentes, além de possíveis vulnerabilidades de segurança interna, por uma plataforma na qual a área pudesse desenvolver de forma sustentável.
Além de restaurar a estabilidade da operação e da arquitetura técnica, este projeto também visou aumentar a produtividade e minimizar o risco de descumprimento em relação aos requisitos legais.
O primeiro macroprocesso implementado foi a digitalização, visto que foi uma pré-condição para os demais. O ambiente garantiu o fim da circulação física do papel. Na sequência, estão os demais processos, tais como Monitore, Ofícios, Protestos, Ações, Facon (Falências e Concordatas) e Serasajud (Integração com os principais tribunais), que devem ser concluídos até novembro de 2017 por meio de metodologia Ágil de desenvolvimento de sistemas. Ao todo, o projeto recebeu investimento de US$ 4 milhões.
Considerando que uma ferramenta de BPM adquirida numa companhia não pode ser apenas departamental, algumas outras áreas já estão se beneficiando da plataforma e desenvolveram seus projetos, como o Projeto ACI Centralizado da unidade de negócios e-ID, que visou centralizar em apenas uma equipe e em um único lugar o processo de certificação digital da conferência (processo ACI), trazendo resultados no que tange à melhoria da eficiência operacional, diminuição dos custos de localização devido aos requisitos de infraestrutura física do ACI, mitigação de fraude e migração tecnológica.
Outro projeto que se beneficiou da plataforma foi a OCR (Optical Character Recognition) de Balanços, que está convertendo os dados extraídos de demonstrativos financeiros e deverá trazer melhor eficiência operacional, diminuição dos custos com o fornecedor atual e migração tecnológica.
De acordo com o vice-presidente de TI da Serasa Experian, Lisias Lauretti, este projeto é considerado um estratégico e de alta visibilidade junto ao board da Serasa, pois trabalha com a digitalização de processos para construir uma plataforma centralizada, além de proporcionar benefícios diretos e indiretos para a empresa e para outros projetos, bem como vantagem competitiva.