Nokia deve cortar de 10 mil a 15 mil postos de trabalho em todo o mundo

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A Nokia vai cortar mais 10 mil a 15 mil postos de trabalho em todo o mundo — muito mais do que tem anunciado até agora —, após a aquisição da rival franco-americana Alcatel-Lucent, disse um representante do sindicato finlandês à Reuters. Os cortes representam 14% da força de trabalho mundial da empresa, que tem atualmente 104 mil funcionários.

A fabricante finlandesa de equipamentos de rede de telecomunicações já havia anunciado a demissão de 2,4 mil empregados na Finlândia e na Alemanha como parte de um programa de corte de custos, mas não tem, até agora dada uma figura global. Na sede devem ser demitidos mil trabalhadores, enquanto na Alemanha serão cortados 1,4 mil funcionários.

Na França, sede da Alcatel-Lucent, devem ser fechados cerca de 400 postos de trabalho — embora deva abrir 500 vagas na área de pesquisa e desenvolvimento. Para obter o apoio do governo francês ao negócio, avaliado em 15,6 milhões de euros, Nokia prometeu não cortar empregos francês por dois anos, além do que a Alcatel já tinha planejado.

A Nokia já tinha realizado milhares de demissões no país sede na última década, com a crise de seu negócio de telefonia, que acabou sendo vendido para a Microsoft, por não ter conseguido acompanhar a evolução do mercado e fazer frente ao surgimento de smartphones rivais.

A Nokia deu início ao seu programa de redução de custos em abril, com uma meta de cortar 900 milhões de euros (o equivalente a US$ 1 bilhão) de custos operacionais em 2018.

Analistas e representantes do sindicato disseram que a empresa provavelmente vai seguir-se com uma nova rodada de cortes, uma vez que a etapa atual de demissões está finalizada. "Nokia e Alcatel têm muitas sobreposições de funções, de modo que o número de demissões deve subir e atingir algo como isso [10 mil a15 mil]", disse Hannu Rauhala, analista do OP Equities.

Procurada pela agência de notícias, a Nokia não quis comentar o assunto. A empresa disse apenas que não tinha nenhuma previsão [de cortes] para França e Alemanha, e se recusou a dar detalhes sobre outros países.

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