Adoção de biometria em dispositivos móveis é questão de tempo, prevê executivo da Unisys

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Apesar de a quebra de sigilo de dados bancários ser a segunda maior preocupação dos brasileiros em relação a violação de informações, 75% confiam no uso de biometria, seja por impressão digital, identificação por iris ou reconhecimento facial, para proteger seus dados e transações financeiras. Os dados são da pesquisa realizada no início do ano com mais de mil brasileiros pela Unisys, divulgada em junho. À época, do total de participantes que expressaram confiança na utilização de recursos por biometria, 29% deles responderam estar 'muito confiantes', enquanto 19% se mostraram descrentes nesse tipo de tecnologia.

Durante o Forum Mobile+, evento promovido por TI INSIDE, TELETIME E MOBILE TIME e organizado pela Converge Comunicações nesta terça-feira, 24, em São Paulo, Helcio Beninatto, gerente geral e vice-presidente global de serviços gerenciados para América Latina da Unisys, destacou que a tecnologia é usada em um ambiente onde as pessoas normalmente confiam na segurança, como de um banco, mas que em breve isso será disseminado em dispositivos móveis, principalmente após o lançamento do iPhone 5S, da Apple, que já vem com essa tecnologia. "Se o banco pede pra você colocar sua impressão digital, você coloca. Num exemplo totalmente aberto, como o iPhone 5S, talvez as pessoas fiquem mais receosas, mas com a criação de aplicativos que usem a biometria de forma segura, a confiança vai sendo conquistada", ressaltou. "Não acho que é uma questão de 'se vai ser adotada', mas de 'quando'."

Um dado interessante da pequisa aponta que, no Brasil, há uma maior preocupação com dados hackeados em organizações de saúde (93% preocupados) na comparação com informações financeiras (84%). "Isso ocorre porque no ambiente de informações médica não há uma segurança como nas instituições financeiras", ressaltou Beninatto. O executivo destaca que a criptografia de dados é sempre a solução mais eficiente contra vazamento de informações, mas que falta investimento de algumas empresas nesse sentido. "O segmento financeiro investe mais em ferramentas para minimizar riscos, mas a discussão sobre segurança ainda é grande, principalmente após as recentes denúncias de espionagem do governo americano", reforçou o executivo.

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