Telefônica estuda novos serviços para 2006

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A convergência da telefonia fixa com a móvel, a IPTV, vídeo on demand, entre outros serviços vão estar no portfólio da Telefônica em 2006 para incrementar a receita, segundo o presidente do grupo, Fernando Xavier Ferreira durante a palestra, ?Novos conceitos, novos serviços, novos negócios?, na Futurecom, evento que reúne o setor de telecomunicações até o dia 27 de outubro em Florianópolis (SC).
?No mundo o mercado de voz tem tido um crescimento negativo de 1,5%, ainda que na América Latina ainda haja crescimento?, diz Ferreira. Para reverter uma possível situação adversa, a operadora planeja o lançamento de novos serviços como a IPTV viabilizados por parcerias com empresas de celulares e produtores de conteúdo. ?Hoje temos, no Brasil, 80 milhões de usuários de celulares e 40 milhões de linhas fixas, ou seja 120 milhões de pontos de distribuição. As teles são grandes parceiros de distribuição para alavancar os negócios de quem gera conteúdo?, diz Ferreira. O executivo entende que as atuais licenças de SCM , para serviços multimídia, permitem alguns desses serviços para as operadoras, especialmente serviços sob demanda e serviços eventuais pagos (pay-per-view).
Para 2006 a empresa avalia o oferecimento de produtos como TV sobre ADSL (IPTV), rede Wi-Fi e gerenciamento de operação e manutenção de computadores de forma remota. Na Espanha o grupo Telefônica lançou neste ano a TV sobre ADSL e deve chegar até dezembro a 200 mil usuários.

Convergência fixo-móvel

Outra convergência importante é do serviço fixo com o móvel. Ferreira deu o exemplo da Inglaterra, onde a operadora local oferece um hub para as residências permitindo a interligação da linha fixa com a celular por meio do bluetooth. ?Isso permite conexão sem fio entre o PCs, impressoras e celulares dando qualidade de banda larga às ligações sem fio?. No Brasil, Ferreira vê uma convergência natural entra a Telefônica e a Vivo que contam com o grupo Portugal Telecom como acionista comum. Ferreira não quis adiantar quais produtos convergentes serão lançados nem o prazo para que isso aconteça.

Banda larga

Um fator chave no cenário de convergência para a companhia, segundo Ferreira, é o crescimento da banda larga no País. Hoje um terço dos investimentos da operadora no Brasil estão concentrados no segmento. O número de acessos à internet passou de 2,8 milhões em 2000 para 10 milhões até o final de 2005, com uma taxa de penetração em 21% dos municípios. A penetração da banda larga ainda é pequena, com apenas 2% do mercado, mas com crescimento de 70% entre entre 2004 e 2005. Para Ferreira, um dos desafios desse mercado é aumentar a velocidade do acesso: o teto no Brasil é de 1 Mbps, enquanto a Coréia já oferece 20 Mbps.

TV por assinatura

O diretor geral da Telefônica, Manoel Amorim, destacou, em outra apresentação da Futurecom, que muitos serviços podem ser prestados sob a licença de SCM mas é necessário nova regulamentação para o oferecimento, por exemplo, de TV por assinatura. E que a operadora tem interesse em entrar nesse mercado. Outra mudança regulatória esperada pela Telefônica, segundo Amorim, é quanto a convergência da telefonia fixa e móvel. A operadora quer prestar serviços que integrem as facilidades da telefonia fixa e móvel, como acesso remoto sem fio, à secretária eletrônica fixa e vice-versa, entre outros. A Telefônica perdeu 5% de seus assinantes para a telefonia móvel desde o final de 2003.

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