Ações da Sharp caem 11% após Foxconn suspender acordo de aquisição

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Os acionistas da Foxconn Technology Group e Sharp Corp foram questionados por investidores se "casamento" proposto entre as empresas poderiam restaurar a confiança de mercado. Na sexta-feira, as ações da Sharp caíram 11% e o CEO, Kozo Takahashi voou para Shenzhen, na China, para seu reunir com o presidente Foxconn, Terry Gou.  A Foxconn disse em um comunicado que os executivos de ambas as empresas e conselheiros vão se reunir "como o objetivo de alcançar uma compreensão abrangente e resolver a situação."

A Foxconn na quinta-feira, 25, suspendeu a assinatura de um acordo de aquisição firmado horas antes com a Sharp, depois que a empresa japonesa disse que seu conselho aprovou a venda por quase US$ 6 bilhões. Fontes familiarizadas com o assunto, informam que Sharp, na quarta-feira, 24, tinha inesperadamente divulgado potenciais passivos financeiros de cerca de 350 bilhões de ienes (US$ 3,1 bilhões), que seriam formalmente conhecidos pela Foxconn.

Esses passivos, segundo fontes próximas à negociação, são potenciais reclamações fiscais por parte do governo japonês, processos de propriedade intelectual e danos de reivindicações de violação de patente contra a Sharp.

A Foxconn não confirmou ter conhecimento dos riscos, dizendo não recebeu informação material, que isso não foi revelado durante as discussões anteriores entre as duas empresas.

As ações da Sharp caíram mais 11% nessa sexta feira, pois os investidores questionamse as empresas seriam capazes de chegar a um acordo. Analistas dizem que essas novas informações podem causar a ruptura do negócio

Embora possa haver sinergias na combinação das empresas no mercado de painéis e telas LCD, os analistas questionam se o casamento das duas empresas com diferentes raízes, culturas e estilos de gestão seria capaz de conviver sob o mesmo teto. Como parte da proposta de aquisição da Foxconn, ela teria se comprometido a manter a gestão da Sharp no Japão.

Sob a oferta acordada na quinta-feira, a Sharp iria emitir novas ações para Foxconn para uma infusão de ¥ 489 bilhões e comprar ¥ 100 bilhões em ações preferenciais detidas pelos seus credores. Junto com outras considerações, o pacote é de quase US$ 6 bilhões.

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