Os bancos Credit Suisse e Morgan Stanley irão abocanhar quase a metade das taxas de incentivo pagas pelo Alibaba aos seis bancos que coordenaram sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Nova York, segundo pessoas com conhecimento do assunto disseram à Bloomberg News.
Todos os bancos e corretoras de valores que trabalharam no IPO vão receber coletivamente cerca de US$ 300 milhões, de acordo com documento enviado pela empresa na segunda-feira, 22, à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula as empresas cotadas em bolsa nos EUA.
De acordo com as fontes, cerca de US$ 50 milhões serão repartidos entre os seis bancos-chave que participaram do IPO com base no desempenho, sendo que o Credit Suisse e Morgan Stanley receberão 22,5% cada um, ou pouco mais de US$ 11 milhões. A fatia maior se deve ao fato de os dois bancos também terem ajudado na elaboração do prospecto do IPO, outros materiais e na preparação dos roadshows, além de gerenciarem a execução dos acordos.
A recompensa é uma prática que o gigante de comércio eletrônico chinês importou de Hong Kong, onde vários bancos compartilham o trabalho e recebem uma comissão por desempenho no final. Nos IPOs nos EUA, as empresas normalmente acertam a divisão da bonificação antes da abertura de capital, e na maioria das vezes o prêmio vai para uma ou duas empresas listadas no prospecto do IPO, em ordem de importância.
Ainda de acordo com as fontes, o JP Morgan Chase e o Goldman Sachs ficaram com cerca de 18% das taxas cada um, ou aproximadamente US$ 9 milhões, enquanto o Deutsche Bank amealhou cerca de 10% e o Citigroup, 9%. O Goldman Sachs serviu como agente de estabilização, garantindo que o IPO trascorresse bem durante a estreia das ações na bolsa.
Procurados pela agência de notícias, representantes do Alibaba e dos seis bancos se recusaram a comentar o assunto.
