Pela primeira vez em uma década, o número de empregados da IBM no mundo caiu em 2013. Embora a queda tenha sido pequena, de 0,7%, fazendo com que a gigante de tecnologia ainda ficasse com 431.212 funcionários, as demissões devem aumentar ainda mais. A empresa, que já gastou US$ 1 bilhão com o plano de reestruturação da sua força de trabalho no ano passado, deve prosseguir com o processo de enxugamento neste trimestre.
O corte é justificado pela companhia como medida para frear custos e ajudá-la a cumprir suas metas. Uma delas é a distribuição de dividendos no valor de US$ 20 por ação em 2015, acima dos US$ 11,67 em 2010 — meta, diga-se, difícil de ser cumprida devido aos sete trimestres seguidos de queda na receita. Para chegar lá, o CEO Ginni Rometty deve demitir e colocar alguns trabalhadores de licença, vender ativos e recomprar ações, entre outras medidas.
A empresa já começou o ano eliminando alguns postos de trabalho na Europa, Ásia e América do Sul, de acordo com a Alliance@IBM, associação dos funcionários da empresa. Nesta quinta-feira, 27, estava previsto a entrega de notificações de cortes a empregados dos EUA e do Canadá, conforme disse a associação à Blommberg.
Um relatório interno elaborado pela Sanford C. Bernstein & Co., datado de 3 de fevereiro, ao qual a agência de notícias teve acesso, indica que os cortes neste ano em todo o mundo devem eliminar 13 mil empregos.
Procurado, o porta-voz da IBM Doug Shelton se recusou a comentar sobre o número de demissões.
A IBM concordou em manter empregos de alta tecnologia no Vale do Hudson, em Nova York, até 2016, aumentando o número de postos para 750, segundo disse esta semana o governador de Nova York, Andrew Cuomo, em um comunicado. Isso representa a readmissão de 697 empregados demitidos no ano passado em Dutchess County, onde a empresa tinha cerca de 8 mil funcionários em 2012.