Novo edital do programa Start-up Brasil inclui empresas de hardware

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)  anunciaram nesta terça-feira, 27, o lançamento do novo edital do programa de apoio a empresas nascentes Start-up Brasil, que servirá de base para próximas duas seleções do programa.

O novo edital, que será publicado nesta quarta-feira, 28, no Diário Oficial, traz algumas alterações e servirá de base para próximas duas seleções do programa. A principal mudança é que projetos de startups de hardware poderão concorrer para obter recursos do programa. "Existe uma grande oportunidade no setor de dispositivos no Brasil, o que nos levou a incentivar projetos novos de hardware", ressaltou o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio Almeida.

Segundo ele, as empresas de hardware contarão com suporte de duas aceleradoras — a Baita, de Campinas, no interior de São Paulo, e a Acelera Cimatec, da Bahia — interessadas especificamente nesse tipo de solução.

A ideia não é fazer com que a startup, numa primeira fase, opere toda a cadeia de produção, mas que apenas desenvolva seus protótipos. Em razão disso, o valor das bolsas às startups se mantém em até R$ 200 mil, entre recursos públicos e privados.

Outra alteração trazida pelo novo edital é que, ao contrário das etapas de seleção anteriores, startups que já fazem parte de algumas das aceleradoras participantes do programa do governo não poderão concorrer. O MCTI também ampliou o prazo mínimo de atuação das empresas que podem se candidatar a uma vaga no programa de três para quatro anos.

O novo edital ainda traz um passo a passo de como preencher cada ponto da proposta a ser enviada ao CNPq ou a Apex Brasil pelas startups que queiram participar do programa. O preenchimento incorreto do formulário de inscrição atrapalhou muitas empresas em etapas anteriores do processo seletivo, que acabaram ficando de fora do processo de seleção.

O edital estabelece que cada startup poderá indicar até seis aceleradoras do seu interesse. E brasileiros que residem há pelo menos três anos no exterior também poderão inscrever suas startups no programa como empresa internacional. Após a seleção, as aceleradoras terão 60 dias para firmar ou não contrato com as startups que foram aprovadas pela banca do programa. Segundo dados do MCTI, nas duas chamadas anteriores foram aprovadas 118 startups, das quais 88 fecharam contrato com as aceleradoras — uma quebra de 25%.

Balanço apresentado pelo MCTI nesta terça-feira, 27, em São Paulo, indica que 73% das 88 empresas que entraram no programa nas duas rodadas anteriores de seleção já possuem produtos comerciais e 53% já estão faturando. Essas startups também já captaram R$ 1,3 milhão em investimento externo até agora e ganharam nove prêmios nacionais e internacionais.

As empresas interessadas em participar da seleção poderão se inscrever para a próxima etapa do programa a partir de amanhã até o dia 14 de julho no site do Start-up Brasil. As 50 empresas escolhidas serão anunciadas no dia 01 de setembro.  No dia 15 de setembro uma nova rodada de inscrições será aberta seguindo o mesmo edital e com duração até 24 de outubro. As startups escolhidas na segunda rodada serão anunciadas no dia 17 de novembro.

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