O presidente da Semp Toshiba Informática (STI), Afonso Hennel, lamentou que ainda não tenha conseguido fechar acordo com nenhuma operadora para a distribuição do tablet produzido pela companhia no Brasil, o MyPad. "A tendência é privilegiar a marca estrangeira, a empresa de grife. Estamos em negociação com as operadoras, mas isso leva tempo", afirma ele. A Semp Toshiba Informática fabrica desde maio em Salvador o MyPad, juntamente com os PCs e notebooks da companhia.
O executivo esteve nesta segunda, 29, em Brasília onde a empresa realizou uma partida simultânea de xadrez com o campeão mundial por 15 anos Garry Gasparov que enfrentou 13 adversários simultaneamente, entre eles o governador do DF, Agnelo Queiroz e Katherine Vescovi, campeã brasileira e sulamericana que é patrocinada pela STI.
A STI fechou uma parceria com a Universidade Estácio de Sá em que já forneceu seis mil tablets e outros seis mil "estão a caminho", segundo Hessel. O número total de unidades que será vendida para a Universidade não foi revelado, mas ele lembra que a Estácio de Sá tem atualmente mais de 200 mil alunos.
O MyPad foi produzido em duas versões. A primeira traz apenas a conexão Wi-Fi e custa R$ 1.399. A segunda inclui também acesso à rede celular 3G e tem preço sugerido de R$ 1.699.
Design house
Há três semanas a Semp Toshiba do Brasil assinou o contrato de uma joint venture com a Toshiba do Japão para o desenvolvimento e desenho de semicondutores no Brasil. Afonso Hessel, afirma que a companhia é o embrião de uma fábrica de semicondutores no Brasil. Para ele, o desenvolvimento no País, por si só, já é um avanço considerável uma vez que 50% do custo de um chip é a propriedade intelectual do desenvolvimento.
O governo deve anunciar em breve mudanças no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis). A ideia é atrair esse tipo de indústria ao País através de incentivos fiscais.
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