Apesar do fraco resultado da divisão de rede, Nokia reverte prejuízo e fecha trimestre com lucro

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A Nokia anunciou nesta quinta-feira, 30, os resultados do primeiro trimestre deste ano com um desempenho de sua divisão de rede abaixo do esperado, mas com um forte resultado de sua unidade de licenciamento de patentes, fazendo com que o lucro líquido trimestral da fabricante finlandesa ficasse acima das expectativas dos analistas.

Embora a receita do negócio de rede tenha registrado alta de 15% no período, para 2,67 bilhões de euros (o correspondente a US$ 2,94 bilhões), o lucro operacional da unidade caiu 60%, de 216 milhões de euros um ano antes para 85 milhões, segundo o informe de resultados. O fraco desempenho da divisão decepcionou os investidores, o que fez com que as ações da Nokia caíssem 9% na Bolsa de Helsinque, pela manhã.

Por meio de uma conferência por telefone, o CEO da Nokia, Rajeev Suri, atribuiu a rentabilidade "insatisfatória" da unidade de rede o aumento das despesas e das vendas de hardware, de menor margem, em contrapartida às ofertas de software, mais lucrativas.

A margem de lucro operacional da divisão de rede caiu de 9,3%, um ano antes, para 3,2% no trimestre e ficou bem abaixo da meta de longo prazo da empresa, que era entre 8% e 11%. Para todo o ano de 2015, a previsão da Nokia é que a margem de lucro operacional da unidade de rede fique próxima da meta de longo prazo, ou seja, entre 8% e 11%.

Apesar dos resultados fracos da unidade de rede, o lucro líquido da Nokia entre janeiro e março ficou em 177 milhões de euros, ou 0,05 centavo de euro por ação, superando a previsão de analistas, que era de 166 milhões de euros, ou 0,04 centavo de euro por ação, de acordo com uma pesquisa feita pela SME Direkt, empresa de dados financeiros. O lucro foi impulsionado pelo forte desempenho da unidade de tecnologias, que gerencia o portfólio de patentes da Nokia.

A companhia havia registrado prejuízo líquido de 239 milhões de euros no primeiro trimestre de 2014, em razão do péssiomo resultado da unidade de celulares, que acabou sendo vendida para a Microsoft em abril daquele ano. Desde que se desfez da divisão de celulares, o principal negócio da Nokia está concentrado nas áreas de software e equipamentos, como roteadores, switches e estações radiobase (ERBs) para redes sem fio que transportam chamadas de voz e dados.

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