São Paulo vai ser um hub do serviço na nuvem do Google em 2017

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A partir do ano que vem, o Brasil será uma das oito novas regiões de cloud do Google, o que permitirá menor latência, mais eficiência, automação e proximidade dos clientes. A informação é de Fábio Andreotti, head do Google Cloud Platform Latam (foto), na abertura do evento GCP Next Brasil, realizado em São Paulo, com a participação de clientes e parceiros da empresa.

A iniciativa é parte de uma estratégia global para disputar o mercado de serviços na nuvem, que prevê novos data centers em Singapura, Austrália, Alemanha, Reino Unido, Índia, Finlândia e Virgínia do Norte, Estados Unidos. O executivo explica que nos últimos três anos a empresa investiu US$ 27 bilhões, quase que o equivalente ao realizado pela Microsoft e AWS juntas.

Outra vantagem salientada pelo executivo é a rede privada do Google.com, por onde as informações são acessadas prioritariamente através de uma rede de cabos de fibras óticas que cortam o Oceano Pacífico, gerando um trafego de 180 TB por segundo, sem utilizar o trafego aberto da Internet pública.

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Pontos de data centers do Google

Disse ainda que todos esses recursos possibilitam aos clientes promoverem a inovação no desenvolvimento de soluções, operações automatizadas, flexíveis, aplicações móveis, visando a transformação digital dos negócios. "O cliente deve pensar como e não onde", exemplifica.

Para isso, o Google oferece um conjunto de recursos e ferramentas que complementam o uso da nuvem para criar, conectar, encontrar padrões, diminuir custos, diminuir investimento de capital e risco e ter acesso a toda inovação que a nuvem pode oferecer.

"Os usuários não devem aplicar modelos antigos para usar a nuvem, a jornada não é adaptar práticas antigas, é mudar a forma de como trabalhar com a computação", enfatiza Car Schachter, vice-presidente de Cloud Platform do Google, que fez a palestra de abertura do evento.

Cases

Uma das ferramentas é o Cloud Vision API para criar permitir que os desenvolvedores entendam o conteúdo de uma imagem que usa poderosos recursos de aprendizado de máquinas que classifica rapidamente imagens em milhares de categorias, detecta objetos individuais, localiza e lê palavras impressas contidas dentro de imagens.  Com ele, pode se criar metadados num catálogo de imagens, que chega até permitir análise do sentimento da imagem de uma pessoa obtida de imagens carregadas na solicitação ou integrá-las com o armazenamento de imagens no Google Cloud Storage.

Um dos clientes convidados do evento foi a Sul América Seguros. Umberto Reis, superintendente de sistemas da Sul América, explicou que empresa está na eminência de lançar um produto novo baseado no Visem API para reembolso dos segurados que através de um aplicativo móvel poderão fotografar os recibos e enviar para reembolsos, evitando a necessidade de comparecer a uma unidade física de atendimento ou enviar pelo Correio. "Serão usados recursos de machine learning, reconhecimento de imagens para dar acuracidade aos documentos, evitar abuso, controlar fraude, dar segurança não só para prestador quanto para a Sul América", explica Reis.

Edson Brandi, CTO da FS, que oferece serviços de segurança e personal cloud, é outro cliente que usa o Vision API. Ela lançou um agosto um produto no mercado, que ajuda os cerca de 15 milhões de clientes a fazer uma classificação automática e gestão de conteúdo. "Os clientes faziam centenas de up load de fotos e tinham dificuldade em encontrá-las na nuvem, tornava-se apenas um backup. Agora com a busca contextual do Vison API ele pode pesquisar facilmente e encontrar as fotos guardadas".

A FS também está usando as soluções de Machine Learning e Big Query para enriquecimento das funcionalidades para os usuários finais e automatizar os processos de vendas, entender melhor o perfil de usuários, conseguir mais assertividade de cross selling e up selling e também em sistemas de billing, para entende melhor a forma e hora de cobrar.

Já o Magazine Luiza usa a ferramentas de orquestração multicloud Kubernet, o que segundo Arnaldo Pereira, gerente de arquitetura do varejista, que proporciona melhor usabilidade para os desenvolvedores e menores custos no uso de troca internas de máquinas virtuais, tornando mais ágil o desenvolvimento de aplicações.

O Easy Táxi, que atua em 12 países da América Latina, 500 mil motoristas, 25 milhões de downloads de aplicativos de passageiros, 500 funcionários e milhões de corridas diárias, usa a ferramenta Big Query da Google para analisar dados que são disponibilizados para toda a organização. De acordo com Jorge Pilo, CTO da empresa, "todos os colaboradores podem analisar as informações por uma interface, que preserva vários níveis de segurança, como número de cartões de créditos, por exemplo. Estão disponíveis os dados da operação para que eles possam analisar os dados para tomas decisão de negócios".

Segurança

Ton Grey, head solution engineering da Google, em sua palestra enfatizou a segurança da plataforma, na qual trabalham mais de 600 engenheiros no projeto Zero Exploit. O objetivo é tornar a web mais segura, evitando ao máximo o surgimento de vulnerabilidades zero-day, que são exploradas antes que as empresas consigam liberar suas correções de segurança. Ele ainda promove programas de recompensas de vulnerabilidade, pelos quais muitos bugs de segurança foram descobertos por hackers.

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